"O convite decorreu do trabalho de investigação realizado para o meu romance histórico "Vera Cruz", que aborda a vida desconhecida de Pedro Álvares Cabral, mas que dá também uma nova abordagem às razões que levaram ao desvio da frota e à descoberta das terras de Vera Cruz, hoje Brasil", explica o escritor.

De resto, João Morgado diz-se "muito honrado" com o convite, que partiu de um dos membros do Centro de Investigação e que foi aceite pelos restantes. "Veríssimo Serrão é uma personalidade reconhecida, foi reitor da Universidade de Lisboa, presidente da Academia Portuguesa da História e recebeu o prémio Príncipe de Astúrias", sustenta, revelando ter estudado "por muitas das suas obras", pelo que "é um orgulho poder integrar uma entidade de que é patrono".

Enquanto membro do centro de investigação, João Morgado promete "continuar o trabalho de investigação, aprofundando temas com outros membros e contribuindo para a difusão da história portuguesa". Quanto ao trabalho literário, este ano, a obra "Vera Cruz" deverá ter continuação, com a edição do romance "Vasco da Gama", que aborda as rivalidades entre estas duas personagens históricas e as suas relações com D. Manuel I.

De referir que o Centro de Investigação foi criado, tendo como base a doação feita por Joaquim Veríssimo Serrão à Câmara Municipal de Santarém, em 2009, e tem sede na Casa de Portugal e de Camões, naquela cidade. Visa a investigação nas áreas das Ciências Sociais e Humanas. Para tal, conta com membros oriundos de Portugal, Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França e Itália, abrangendo várias áreas de investigação.