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Justiça musical
Joana Isabel Gonçalves e Filipa Carvalho Ribeiro · quarta, 23 de dezembro de 2015 · @@y8Xxv Os juízes sentaram-se no banco dos réus e na sala do Tribunal da Covilhã não se ouviram testemunhas ou advogados: os sons foram do quarteto de cordas da Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI). |
Sala de audiências do Tribunal da Covilhã onde foi realizado o concerto. |
21963 visitas A associação da música clássica ao local em que foi realizado o evento teve como objetivo desmistificar a formalidade associada aos tribunais. Realizado pela primeira vez num espaço como este, o objetivo da deste concerto foi oferecer “um ar mais cultural à justiça” e dar “dar uma imagem diferente dos tribunais”, realça José Avelino Gonçalves, Juiz de Direito e presidente da Comarca em Castelo Branco. Durante vinte e cinco minutos, ouviram-se sinfonias da época barroca tocadas pelo quarteto de cordas composto por alunas da EPABI, sob coordenação do professor João Barroso. O auditório que é criticado, pela má acústica durante os julgamentos, foi elogiado nessa tarde, sendo até comparado a uma sala de teatros de Vienna. Para o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, “a justiça sempre foi vista como algo muito agreste, muito distante e muito duro” mas, com a iniciativa que ocorreu no tribunal, ela “tornou-se mais suave”, diz o autarca que é advogado e por isso desenvolve frequentemente atividade profissional nesta sala. A iniciativa “poderá ser repetida no próximo ano em Castelo Branco”, adiantou José Avelino Gonçalves, estando ainda programado para esse dia o lançamento de um livro. O concerto, organizado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, contou também, com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã e da EPABI. Após o concerto realizou-se um jantar de Natal entre os funcionários e profissionais do Tribunal da Covilhã. |
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