Especialista de imagem em cartonagem de papiro e outras provas documentais, Kathryn Piquette abordou as técnicas de imagem digital 2D e 2D+ hoje existentes para a preservação e interpretação de achados arqueológicos. A investigadora da Universidade de Londres foi demonstrando, através de exemplos práticos decorrentes dos trabalhos que já desenvolveu, a importância da imagem digital e de programas informáticos específicos para  os estudos paleontológicos.

Tendo os exemplos a finalidade de "pensar através da imagem digital e sobre a forma como implantamos dados de imagem ao nos lembrarmos do passado", Kathryn Piquette destacou a forma como as imagens "preservam e reconstroem o próprio passado". De resto, salientou que "a herança cultural está sob ameaça e por vezes as imagens digitais, a construção do movimento, o scaneamento a laser, todas estas  técnicas para algum material são tudo o que temos, de coisas que foram destruídas".

Arianna Ciula trabalhou a relação entre as Humanidades Digitais e as Humanidades em geral, e abordou o conceito de "modelagem". A investigadora da universidade britânica de Roehampton assentou a sua comunicação na ideia de que "as humanidades digitais parecem contribuir para a unificação, ainda que pragmática, das humanidades ao se elegerem a elas mesmas enquanto humanidades representativas e manifestantes". Sublinhando que "a forma como o facto de fazermos as coisas com as nossas próprias mãos se torna, desde logo, um projeto humano", partiu dos trabalhos empíricos, para abordar a questão da modelagem, que "pode ser considerada uma ferramenta de duas formas: pode ser um criador de sentido e pode servir como estratégia para exercitar a memória coletiva e individual".