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No jogo da igualdade só a vitória é possível
Sara Guterres e Isabella Moura · quarta, 16 de dezembro de 2015 · @@y8Xxv Natação, futsal e boccia foram as modalidades escolhidas e moldadas às necessidades dos participantes, para integrar a terceira edição dos Jogos Adaptados da Cova da Beira. |
Presidente da Câmara Municipal da Covilhã saúda equipas |
21980 visitas Os Jogos Adaptados da Cova da Beira, que decorreram nos dias 10 e 11 de dezembro, têm como principal objetivo a inclusão de pessoas com necessidades especiais. A terceira edição do evento, organizada pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Covilhã (APPACDM), trouxe até à cidade beirã 130 participantes em representação de instituições de todo o país. O futsal foi o desporto escolhido para abrir o primeiro dia da competição. Entre goleadas, quedas e muita felicidade, o trabalho de equipa marcou a atividade que teve lugar nos pavilhões desportivos da UBI. Os jogos tiveram uma duração de 20 minutos, menos do que é habitual na prática oficial de futsal, e foram divididos em duas partes. As equipas, compostas por rapazes e raparigas, contaram ainda com a participação de um técnico da sua delegação. O programa do segundo dia dos Jogos foi dividido em duas fases. No período da manhã, a Piscina Municipal da Covilhã acolheu as provas de natação. A modalidade foi disputada em ida e volta, com cada atleta a percorrer 25 metros. O boccia, que decorreu durante a tarde, foi a modalidade que marcou o término da edição dos Jogos Adaptados deste ano. Disputado por duas equipas de duas pessoas, o objetivo do jogo é que as equipas coloquem o maior número possível de bolas próximas de um alvo (uma bola branca). O objetivo deste tipo de atividade é proporcionar uma vida mais ativa aos participantes. Para os organizadores, o que estava em jogo não era ganhar, mas sim participar. “Estes jogos, no fundo, servem para moção de convívio entre jovens de diferentes instituições, onde eles praticam desporto e, acima de tudo, se divertem”, confessa o presidente da direção da APPACDM da Covilhã, António Marques. A aposta no desporto tem dado resultados positivos. Alguns dos atletas já tiveram a oportunidade de competir fora do território português, como é o caso de João Luís, que há seis anos representa as cores da Vários-Cooperativa de Solidariedade Social de Tondela. O atleta esteve em 2010 nos Special Olympics da Grécia e este ano trouxe para casa uma medalha de prata conquistada no Special Olympics realizado em Los Angeles. Apesar da competitividade, para João Luís o importante é “conhecer novos lugares e novas pessoas”. A adesão a esta iniciativa tem vindo a aumentar significativamente de ano para ano. Na primeira edição, a atividade contava apenas com instituições da região beirã. Atualmente, no terceiro ano de realização já são dez as instituições, de diferentes regiões de Portugal, a participar no evento. A acompanhar o primeiro dia dos Jogos, esteve o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vitor Pereira. O autarca referiu o apoio dado pela autarquia à APPACDM da Covilhã, justificando que este tipo de iniciativa “merece toda a atenção” por ser um projeto que “estimula os participantes”. A curiosidade em entender o funcionamento dos Jogos Adaptados levou João Pedro, aluno de Ciências do Desporto da UBI, a comparecer no evento. O estudante diz considerar este tipo de iniciativa bastante benéfica, na medida em que “é uma mais-valia para que estas pessoas se possam sentir integradas na sociedade”. Após estes dois dias de atividades adaptadas a pessoas com necessidades especiais, a APPACDM da Covilhã projeta agora a realização do próximo evento: a Festa de Natal. Aberto a toda a população, o encontro contará com um conjunto de espetáculos de teatro e música e irá decorrer no dia 20 de dezembro, no Grupo Instrução e Recreio do Rodrigo. |
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