Dezembro iniciou com um debate sobre questões pedagógicas promovido pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). Levada a cabo na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), a iniciativa ficou marcada por algumas frases fortes relativas ao “binómio ‘aluno-professor’”.

Joana Santos, membro do Conselho Pedagógico da Faculdade de Ciências da Saúde, teceu duras críticas ao atual do estado dos pedagógicos pois, na sua ótica, “os alunos têm medo” de enfrentar os professores, o que acaba por tornar o trabalho dos membros do CP “menos eficiente”. O eco ganhou forma quando José Carlos, ex-membro estudante do Conselho Pedagógico da Faculdade de Artes e Letras, se associou ao discurso da estudante de Saúde. “As coisas não estão a correr da melhor forma, há muita coisa a melhorar, a modificar”, defendeu. A aplicação de inquéritos presenciais é uma das medidas a que o estudante de Jornalismo atribuiu extrema importância, e que inclusivamente “já tentou implementar, não obstante a dificuldade patente de reunir alunos interessados e, consequentemente, dados fidedignos”.

A questão do desinteresse dos alunos pelos órgãos pedagógicos foi partilhada por Pedro Guedes de Carvalho, presidente da FCSH. O docente, em representação da FCSH, revelou uma série de alterações em vigor este ano, com enfoque na monitorização dos alunos aquando do processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma “será possível avaliar o número de alunos bem-sucedidos” no final de cada ano letivo.

O número equitativo de alunos e docentes nos órgãos pedagógicos assume-se como outra novidade, a somar à introdução de aulas de inglês na Universidade, após uma parceria recente com a Wall Street English.

A AAUBI pretende aumentar a regularidade deste tipo de atividades, de forma a “melhorar o funcionamento pedagógico”.