A Biodança (Biodanza, em espanhol) é, como o próprio nome indica, a “dança da vida” e tem como objetivo ajudar os praticantes a “reencontrar a alegria de viver”. Assim sendo, para a prática desta actividade, não basta saber dançar, é necessária a vontade de querer experimentar, revela Ana Alçada, professora de Biodanza na Covilhã.

Este tipo de dança traduz-se “num sistema de integração afetiva e de desenvolvimento humano baseado em experiências que o ser humano tenha obtido, de forma intensa, através do “aqui e agora””, explica Ana Alçada. Os movimentos de dança com músicas previamente selecionadas, e encontros não verbais dentro de um grupo, são os princípios da Biodanza, que “contribuem para a renovação do ser”.

A Biodanza surgiu nos anos 90, com o psicólogo chileno Rolando Toro, através da experimentação de movimentos aleatórios ao som de uma melodia, com doentes mentais internados num hospital. Apesar de produzir efeitos ao nível terapêutico, a Biodança não pode ser considerada uma terapia, um desporto ou uma simples dança, devendo antes ser considerada “uma pedagogia da arte de viver, uma poética do reencontro humano e um convite para que se crie uma nova cultura baseada no som da vida”, refere Ana Alçada.

A promoção da saúde e do bem estar, o aumento da energia vital, a disponibilidade para a vinculação consigo próprio, com o outro e com o mundo são alguns dos objetivos da modalidade. Embora a prática da biodanza já tenha alguns anos, esta ainda não é muito conhecida entre os amantes da música e da dança.

Com o intuito de dar a conhecer a dança da vida e levar à celebração desta, a professora Ana Alçada está, desde o dia 1 de dezembro, no Yoga Room, pertencente à “Ananda Café”, pelas 19h15, a dar aulas de Biodanza. As aulas decorrem todas as terças feiras e têm uma duração, em média, de duas horas. O custo da primeira aula foi de 5€, da segunda de 10€ e, para quem pensar nas aulas a longo prazo e quiser frequentar um mês inteiro de biodanza, a mensalidade é de 35€.

Margarida Cardoso, aluna do segundo ano do curso de Optometria viu os cartazes das aulas de biodanza pela Universidade da Beira Interior e decidiu experimentar, sem saber do que se tratava. “Decidi vir completamente às escuras, mas não me arrependo. Acho que num mundo em que todos os dias existem tragédias, faz-nos bem libertar o stress e festejarmos o simples facto de estarmos vivos. Para quem está a ver a aula, acredito que não entenda. Só quem experimenta é que pode dar um feedback. O meu, é super positivo”.

A primeira aula da dança da vida contou com poucos participantes, algo que a professora espera poder mudar no futuro.