"Quando agora entrei o cheiro era o mesmo". Paulo João faz parte da geração de 1988/89 de Engenharia do Papel. Não entrava na UBI há 17 anos, mas sente que o polo I, que frequentava quando estava a tirar o curso, "pouco mudou". O aluno 2155 garante que, apesar da passagem do tempo, "o espaço é agradável, sempre foi agradável e continua muito agradável para mim". Explicando a dificuldade dos ex-colegas estabelecerem contacto por trabalharem longe uns dos outros, sublinha a "importância deste encontro". E confidencia: "Já encontrei aqui um colega, que não via desde que tirámos o curso". Mas se os corredores onde circulava há 25 anos lhe parecem familiares, a cidade "está diferente daquilo que era", garante.

Paulo João foi um dos mais de 60 ex-alunos de Engenharia Têxtil, Engenharia do Papel e Design de Moda que participaram no sábado, 28 de novembro, no 1º Encontro de Alumni dedicado aos três cursos. Promovido pelo recém criado Gabinete Alumni, o encontro teve como objetivo "manter a ligação dos ex-alunos à UBI", como explica o vice-reitor presente no encontro, Mário Raposo. "As pessoas que por aqui passaram, quando vão para o mercado de trabalho levam a imagem da universidade com eles e importa ter essa imagem presente e a ligação à UBI deve-se manter", defende.

Criado recentemente, em colaboração com a Reitoria, o Gabinete Alumni promove o encontro de antigos alunos da instituição, "dando-lhes a conhecer a realidade atual da universidade e, simultaneamente, fazendo um pouco do marketing para o exterior do que é a Universidade da Beira Interior hoje em dia", refere Mário Raposo. De resto, aquele responsável sublinha a intenção de a instituição "continuar como uma universidade de referência a nível nacional e internacional nas várias formações que temos, e isto é prova de que é possível, de que os nossos licenciados estão por aí a desempenhar um bom trabalho", sublinha.

A comprová-lo está Miguel Falcão. Entrou em Engenharia Têxtil na UBI no ano letivo de 1987/88 e, ao contrário de Paulo João, mantém contacto com a universidade praticamente desde que terminou o curso. "Nós na empresa temos vindo a estabelecer algumas ligações e parcerias com a UBI e com o departamento têxtil", refere. "Como são novos produtos, como fazemos muita inovação, essa ligação com a UBI é fundamental", garante. Mas não foi só para estreitar laços profissionais que Miguel Falcão participou neste encontro. "É o reviver do passado e das experiências vividas com os antigos colegas", diz. O ex-aluno confidencia mesmo que "não conversava com pessoas que revi aqui há uns 25 anos".

O responsável pelo Gabinete Alumni considera que o projeto é importante pelo desenvolvimento de uma "plataforma de relacionamentos com emoções positivas". De resto, "é isso que temos experimentado desde maio passado, desde que foi organizado aqui um almoço que reuniu os primeiros graduados da Universidade da Beira Interior", recorda. João Leitão destaca a importância dos cursos de Engenharia Têxtil e Engenharia do Papel, lembrando que "estiveram no ADN da universidade e são áreas que nós queremos voltar a ter como bandeiras da UBI", assegura. E acrescenta que a modernização destas áreas tem estado a ser conseguida através do curso de Design de Moda, "mas precisamos dos profissionais graduados e que estão ligados a esta casa para afirmarmos positivamente a rede que possamos construir", lembra.

Projetando o futuro, Mário Raposo garante que "este regresso obviamente que se irá replicar noutras áreas da universidade, mantendo este vínculo vivo e esta ligação à UBI". Por outro lado, o vice-reitor diz que a intenção da Reitoria é criar com os alunos, através da página web, um link permanente, em que através do seu número de aluno consigam entrar na página e tenham uma atualização constante da sua ligação à universidade, "para nós também sabermos onde é que estão", diz.