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A democratização da arte
Rafael Mangana · quarta, 2 de dezembro de 2015 · Continuado A abertura da arte à sociedade em geral foi a ideia deixada por Hugo Cruz na comunicação apresentada na DESIGNA 2015. Oriundo da área do teatro, explanou um pouco do trabalho realizado nesta arte performativa, que utiliza também para desenvolver projetos comunitários. |
Hugo Cruz apresenta a sua comunicação na DESIGNA 2015 |
22006 visitas O co-fundador e Director Artístico da PELE_Espaço de Contacto Social e Cultural (Porto) defendeu que "o trabalho e as criações artísticas podem ter uma forte conexão com o contexto envolvente, com a comunidade envolvente". Hugo Cruz acredita que o facto de as próprias comunidades terem um contato constante com o meio artístico, permite-lhes um desenvolvimento estético, e pensar a realidade de uma forma alternativa, "principalmente quando nós não estamos satisfeitos com essa realidade". Na comunicação apresentada na quinta edição da DESIGNA, aquele que é, também, Coordenador do Núcleo de Teatro do Oprimido do Porto, defendeu a criação artística como sendo "o lugar de desconforto". Para Hugo Cruz, "não interessa tanto uma criação que faz uma mera reprodução daquilo que já é a realidade", mas interessa que a arte nos leve a outros lugares "eventualmente mais construtivos, onde nós nos podemos, efetivamente, como coletivo, sentir melhor". Hugo Cruz sustentou uma democratização da arte "no sentido, não só do acesso, mas também dos próprios meios de produção e de desenvolvimento de criações". De resto, defendeu a arte "como uma componente absolutamente essencial de realização do ser humano". Abordando alguns dos trabalhos comunitários desenvolvidos nos projetos teatrais que coordena, assegurou: "Quando nós conseguimos ter contato com a arte na nossa vida, isso é absolutamente fundamental para nos desenvolvermos de uma forma integral e mais satisfatória". |
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