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Noite de Arte na Comunidade
Rita Sanches e Filipa Silva · quarta, 2 de dezembro de 2015 · O livro "Arte e Comunidade", coordenado pelo líder do Teatro do Oprimido do Porto, em parceria com a CooLabora, foi apresentado ao público covilhanense como uma "obra inacabada". |
Lançamento do livro "Arte e Comunidade" no edifício CooLabora |
21976 visitas Anteriormente apresentado no Porto e em Lisboa, o livro chegou à Covilhã nesta terça-feira, 24. As 556 páginas unidas por uma lombada com os pontos à vista, a textura do papel e o design que difere de capítulo para capítulo refletem a constante evolução e todas as experiências partilhadas por Hugo Cruz e os 23 autores do livro. "Tem uma componente muito forte de imagem para percebermos as diferentes estéticas que existem e que se relacionam com realidades culturais, políticas e sociais", explica. Para além de artistas, neste projeto estão envolvidos professores, psicólogos e técnicos sociais de Portugal, Brasil, Argentina, Holanda e Palestina. Estes últimos conviveram "com um grupo - o Freedom Theater - que trabalha na ótica da resistência cultural", refere o coordenador. Tudo começou pelo desagrado de Hugo Cruz, diretor artístico da PELE – Espaço de Contacto Social e Cultural, em aceitar o "deixar andar" das pessoas. "O pretexto do livro foi provocar alguma discussão acerca destes projetos, que especificidades têm estes projetos artísticos desenvolvidos com as comunidades locais". A PELE é a base que deu origem a este livro, por ser uma estrutura artística que aposta na afirmação do teatro enquanto espaço privilegiado de diálogo e criação coletiva. Projetos em estabelecimentos prisionais, a parceria que tem com o grupo de teatro de surdos do Porto e com o grupo comunitário fazem deste espaço uma "inspiração" para Hugo Cruz. A PELE juntou cinco grupos de teatro comunitário e, em conjunto, construíram um espetáculo que fala sobre uma nova cidade do Porto, uma nova pólis composta por cidadãos com outros pontos de vista e outras formas de agir. Patrícia Poção acompanhou durante um ano e meio, tempo de preparação do espetáculo, todos os ensaios. Registou tudo em vídeo e transformou as imagens num documentário a que deu o nome "Cidadãos de Corpo Inteiro". O documentário ilustra o processo de construção de um espetáculo de teatro com um ponto de vista pessoal da autora, mas que reflete a mensagem que se prende com a cidadania e a necessidade de se agir individualmente para contagiar aos outros ao invés de cada um ficar pelas queixas. O documentário foi visionado após a apresentação do livro. |
GeoURBI:
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