O café-pastelaria Leveda foi o local escolhido para o Café Literário realizado na segunda terça-feira do mês de novembro. O convidado foi o escritor e farmacêutico Francisco Caeiro, que apresentou a sua mais recente obra literária intitulada "Nós". Um livro que ilustra, através da poesia e imagens, conversas entre amigos com base nas suas histórias.

O "ser alentejano" reflete-se na maneira como escreve e vê a vida. "Nós no Alentejo temos uma vantagem, como temos a planície esticamos o olhar e com o olhar esticamos a alma", explica o autor. Considerando que qualquer alentejano possui condições naturais para ser poeta dada a simplicidade da sua origem.

Francisco Caeiro é adepto das novas tecnologias. Escreve diariamente no blog que o viu nascer como escritor, partilhando essas publicações na sua página pessoal do Facebook. Encara a escrita online como um grande desafio profissional, uma vez que a própria internet, muitas vezes, lhe dá dicas específicas de como pode ser eficaz na transmissão da sua mensagem. "Escrever na internet é ter um público-alvo que espera todos os dias algo de mim, o que exige muito mais criatividade e obra permanente", acrescenta o escritor.

Entre prosa a poesia, o escritor confessou não conseguir viver sem conjugar estas duas vertentes da escrita, uma vez que a prosa também tem um bocadinho de poesia. "Tenho um exercício que faço sempre quando escrevo: leio em voz alta. E se aquilo não me soa bem, então não escrevo e acabo por corrigir", confessa.

Este foi um Café Literário bastante informal, em que o foco do encontro não foi a apresentação do livro em si, mas sim um retrato das vivências do autor.