O sexteto de hot jazz Django Tributo pisou o palco do café do Teatro da Cova da Beira na noite do passado sábado. A atuação foi inserida na 12ª edição do Festival Y – Festival das Artes Performativas da Covilhã – que começou no dia 12 de novembro, com o compromisso de nutrir a Covilhã com oito espetáculos culturais.

Fascinado pelo jazz, João Nave, contra-baixista da banda, esclareceu que "a origem estética deste tipo de música foi o jazz americano dos anos 30 e a música popular francesa". O "marcar ritmos e swing em guitarra, provenientes da música tradicional do centro da Europa”, assim como o gosto da música de Django Reinhart levaram João Nave, juntamente com o seu irmão e conhecidos, a criar a banda de tributo. "Não deixar a memória do jazz ficar esquecida" é dos maiores objetivos de João Nave ao atuar com jazz de reportório.

A banda, criada em homenagem a Django Reinhart, fez recurso à improvisação perante um público pronto a revisitar uma sonoridade predominante em instrumentos de cordas. O ambiente intimista, com músicas ora instrumentais ora conjugadas pela acolhedora voz de Susana Bilou, captou o público do início ao fim do concerto.

Rui Sena, diretor do Teatro das Beiras, em relação à sua vontade de realizar eventos do género revelou que "o jazz arrasta muitas pessoas para estes ambientes e é possível a criação de uma ótima atmosfera". Isso foi comprovado. O arrastar de cadeiras acusou aqueles que pretendiam levantar-se e acompanhar a banda em danças descontraídas. João Nave, atento, revelou que "a reação do público foi muito boa e similar à última atuação" que Django Tributo prestou na cidade neve.

No âmbito do Festival Y, o Teatro das Beiras receberá espetáculos até ao dia 26 de novembro, que trarão à Covilhã música, teatro e dança.