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A "Mobilidade" mobilizou os alunos
Bruna Barreiros Santos e Márcia Soares · quarta, 25 de novembro de 2015 · @@y8Xxv O anfiteatro azul da Faculdade de Ciências da Saúde foi o local escolhido para acolher a Noite da Mobilidade. A actividade promovida pela UBIPharma teve como objectivo apresentar aos estudantes de Ciências Farmacêuticas os programas de mobilidade internacional. |
Noite da Mobilidade. Foto: Márcia Soares |
21961 visitas O evento promovido pelo Núcleo de Ciências Farmacêuticas (UBIPharma), contou com os representantes das associações AIESEC, ERASMUS, IPSF, EPSA bem como do projeto "Querer e Fazer". Igualmente presente esteve Tiago Gonçalves, vice-presidente das relações externas que afirmou que existe "necessidade em promover todos os projetos de mobilidade para os alunos dos diferentes anos curriculares". A AIESEC, representada por Carlos Silva, vice-presidente da associação, é gerida por estudantes e providencia a formação de futuros líderes com valores empreendedores através de estágios internacionais. Durante a sua apresentação foram promovidos dois programas: o Global Talent (estágios profissionais renumerados) e o Global Citizen (estágios voluntariados). Como testemunho deste projeto, Beatriz Ribeiro, atual membro da AIESEC, contou a sua experiência vivida na Hungria como voluntária no ensino do Inglês. Para ela "todo o investimento valeu a pena", tendo em conta os momentos de aprendizagem e sabedoria que lhe proporcionaram "(…) deixei lá um bocadinho de mim e trouxe um bocadinho deles comigo". O protocolo ERASMUS, explicado por Carolina Gonçalves, promotora do evento, apresenta diferentes programas disponíveis como o SANTANDER e o Almeida Garrett (mobilidade nacional). Uma vez que o evento era direcionado para alunos de ciências farmacêuticas, estes tiveram a oportunidade de interagir com colegas seus. Através do Skype, Rodrigo Ramos expôs a sua atual experiência de ERASMUS em Barcelona. A utilização das novas tecnologias foi bem aceite pelo público que se mostrou recetivo a ouvir a opinião do colega sobre uma cidade que considera demasiado fechada, "as pessoas não se conhecem, não se relacionam". Salientou ainda o facto de ser dispendioso, "pago 300 euros por um quarto que fica a uma hora da faculdade". Ainda assim, tem os seus prós como aprender uma língua nova. A IPSF, apresentada igualmente via Skype por Eduardo Carvacho, é uma federação internacional de estudantes de farmácia que apresenta projetos a nível da saúde pública, educação de farmácia e desenvolvimento profissional. Para estudantes membros, a associação tem também o Student Exchange Programme (SEP), um intercâmbio internacional. Após as suas explicações surgiram as habituais questões acerca das equivalências das cadeiras, das inscrições, das bolsas, dos custos, dos estágios e dos prazos de candidatura, criando-se assim uma atmosfera de interatividade. A noite já ia longa quando quatro alunas de ciências farmacêuticas apresentaram o projeto "Querer e Fazer" que as levou até S. Tomé e Príncipe e que pretende alcançar a responsabilidade social e o voluntariado. Rafaela, Inês, Nádia e Rita partiram nesta "missão exploratória" com o intuito de desenvolverem os seus conhecimentos na área da saúde. Apesar de considerarem que "a ideia que as pessoas de cá têm sobre África é um mito", também se depararam com situações complicadas: "apareciam diariamente uma média de duas pessoas infetadas com VIH". Para terminar, Joana Melo, integrante da European Pharmaceutical Students Association (EPSA), apresentou o projeto de intercâmbio entre países europeus que pretende aumentar a mobilidade e partilhar saber. A EPSA exibe também o Individual Mobility Project (IMP), estágio profissional de intercâmbio pago e o TWINNET- intercâmbio de estudantes de farmácia entre países da Europa. Ainda que não seja financiado, Joana defende que a participação "não é um custo, é um investimento" por toda a aprendizagem. Esta "Noite da Mobilidade" atraiu mais de meia centena de alunos que se mostraram interessados em saber mais sobre o assunto. No final saíram informados e entusiasmados: achei muito interessante esta conferência, deveria ser uma coisa que toda a gente deveria fazer", afirmou Paulo Gonçalves, aluno de primeiro ano. |
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