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UBI desenvolve projeto internacional de prevenção de radicalização nas prisões
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 4 de novembro de 2015 · @@y8Xxv Designa-se “R2Pris - Prevenção da Radicalização nas Prisões”, o projeto que vai promover a formação de profissionais nas prisões, além de Portugal, Bélgica, Noruega, Holanda, Roménia e Turquia. Financiado pelo Erasmus mais com cerca de 330 mil euros, vai funcionar até setembro de 2018. |
O arranque do projeto decorreu na terça-feira, dia 3, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas |
21978 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) vai dinamizar nos próximos três anos um projeto de prevenção da radicalização nas prisões, que envolve as administrações penitenciárias de seis países e organizações internacionais do setor. Denominado “R2PRIS – Prevenção da Radicalização nas Prisões”, abrange, além de Portugal, Bélgica, Noruega, Holanda, Roménia e Turquia. A ação destina-se a preparar profissionais que lidam com a população prisional a perceber fenómenos de radicalização na sua fase inicial –de cariz religioso ou político, entre outros – para combater posteriores comportamentos violentos. O arranque do projeto sedeado no laboratório da BSAFE LAB Law Enforcement, Justice and Public Safety Lab que é coordenado pelo docente da UBI Nuno Garcia, foi ontem, terça-feira, dia 3, com a presença de responsáveis dos países onde o plano será implementado. Financiado com cerca de 330 mil euros, o R2PRIS terá uma primeira fase de identificação do que é feito internacionalmente ao nível do combate à radicalização “para depois ser acrescentado conhecimento àquilo que já existe”, explicou Pedro das Neves, CEO da IPS_Innovative Prison Systems, um dos parceiros do projeto. Após a fase de identificação do estado da arte, estão previstos vários eventos como conferências nacionais e ações de formação nos vários países, à medida que as ferramentas de prevenção forem desenvolvidas, sendo a sua eficácia monitorizada ao longo do desenvolvimento das ações. Essas ferramentas serão instrumentos que permitam aos técnicos que estão nos serviços penitenciários, que já fazem uma avaliação do perfil dos reclusos, identificar alguns sinais típicos em indivíduos que estão num processo de radicalização ou impedir que o iniciem. A importância do R2PRIS enquadra-se no facto da questão da segurança ser uma prioridade da política europeia, nomeadamente depois dos vários ataques terroristas que tiveram como palco países europeus, a par da perceção que o ambiente prisional propicia o desenvolvimento de atitudes ou convicções radicais nos indivíduos, como explica o elemento da IPS_Innovative Prison Systems. “Muitos dos atentados que têm ocorrido por esta Europa fora ocorrem ou são provocados por pessoas que se radicalizaram ainda na prisão”, explica Pedro das Neves, lembrando que “muitas delas estavam identificadas como sendo potenciais radicais”. A comunicação de comportamentos mais extremistas “que já tinham sido previamente percebidos, não passou a outras forças de segurança e, portanto, não se conseguiram prevenir essas situações”, salienta, acrescentando: “O nosso objetivo é exatamente conseguir trabalhar esses temas e evitá-las”. O trabalho será desenvolvido pelo BSAFE LAB, com parceiros como a IPS_Innovative Prison Systems, o Centro de Estudos Penitenciários da Roménia, administrações penitenciárias da Bélgica, Portugal, Noruega, Roménia, Turquia e as organizações europeia (EuroPRIS – European Organisation of Prison and Correctional Services) e internacional (ICPA – International Corrections & Prisons Associations). |
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