A construção do Centro de Recolha e Acolhimento Animal, que terá um investimento de 60 mil euros e recebeu 3.957 votos, e as obras da terceira fase da sede da Filarmónica Recreativa Cortense, no valor de 67.500 euros e 1.741 votos, são os projetos de maior valor escolhidos no âmbito do orçamento participativo “Covilhã decide”. Os resultados da votação popular foram conhecidos na última semana e há mais 13 propostas da população que vão ser inscritas pela da autarquia no Plano e Orçamento para 2016.

Os dois principais projetos estavam inscritos na categoria até 100 mil euros e havia ainda uma classe de investimentos que não excediam os 30 mil euros. Nesta, os mais votados foram a requalificação do pátio do recreio da Escola Básica do Ferro, que obteve 1.432 votos e vai custar 30.000 euros, e a intervenção na sede do Rancho Folclórico da Boidobra, que implica um custo de 29.000 euros e obteve 1.321 votos.

Para estes e os restantes 13 projetos, que abrangem várias áreas e freguesias do concelho, a autarquia destinou uma fatia de meio milhão de euros.

As 15 intervenções faziam parte de um conjunto 79 que os promotores da iniciativa validaram para votação, depois de, inicialmente terem sido submetidos 141. Cerca de 24 mil pessoas participaram na votação que esteve aberta entre 1 de agosto e 30 de setembro.

“Nós tivemos um objetivo bem claro de inaugurar aqui uma nova época de governança, de fazer com que os nossos concidadãos participem na elaboração do nosso orçamento”, explicou Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, na sessão de apresentação dos resultados, na sexta-feira, dia 23. O edil regozijou-se com “a participação e sugestões”, considerando que “assim se constrói a democracia direta”.

Os projetos vão então ser incluídos no Plano e Orçamento para 2016 da autarquia, que é discutido sexta-feira, dia 30, na reunião do executivo municipal.

Ainda de acordo com Vítor Pereira, a edilidade deverá fazer em novembro uma reunião para fazer o balanço da iniciativa que teve, entre outros objetivos, de “conferir transparência governança autárquica”.