Os municípios da Covilhã e da Batalha estabeleceram uma parceria com vista ao desenvolvimento cultural dos dois concelhos. O protocolo estabelecido no último sábado, dia 17, prevê o aproveitamento de sinergias em outras áreas, como o turismo.

De acordo com a Câmara da Covilhã, o autarca da Batalha, Paulo Santos, deu como exemplo o setor do turismo. Vítor Pereira, por seu turno, referiu a importância de evocar figuras da História que permitam retirar “grandes lições” para o desenvolvimento futuro. “Falou ainda da importância da criação de sinergias entre os dois concelhos, unidos por laços históricos comuns”, segundo a autarquia serrana.

O documento, assinado no Auditório do Mosteiro de Santa Vitória, na Batalha, inseriu-se no programa destinado a assinalar os 500 anos da morte de Mateus Fernandes.

O arquiteto natural da Covilhã foi percursor do estilo manuelino, presente no monumento erigido na sequência da vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota.

O seu nome será dado a um prémio de arquitetura, apresentado na mesma ocasião. Trata-se de um galardão bianual com um valor pecuniário de 5.000 euros que pretende distinguir os melhores projetos de requalificação urbana.

A cerimónia do último sábado iniciou-se na igreja do Mosteiro onde se encontra sepultado Mateus Fernandes. “Ali foram lidos poemas alusivos a esta figura e foi depositada uma coroa de flores pelos presidentes dos municípios. Seguiu-se uma homenagem ao Infante D. Henrique, primeiro Senhor da Covilhã e cuja atribuição do Senhorio completa agora 600 anos”, refere um comunicado da Câmara da Covilhã.

Foi ainda inaugurada, no claustro-real, a exposição “pedras com história”, que esteve presente na Covilhã.