Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Serenata diferente do habitual
Bruna Barreiros Santos e Sara da Silva Alves · quarta, 28 de outubro de 2015 · Continuado A semana da Recepção ao Caloiro contou com a tradicional serenata e com uma mistura de emoções. Devido às condições meteorológicas, a AAUBI viu-se obrigada a trocar o Calvário pelo edifício do Departamento de Psicologia e Educação. |
"Serenata da Recepção ao Caloiro 2015. Autor: João Pedro Jesus" |
21956 visitas O mau tempo que se fez sentir na cidade da Covilhã, no dia 18 de Outubro, obrigou a organização da Receção ao Caloiro a tomar a “decisão difícil” de mudar o local da Serenata. O edifício do Departamento de Psicologia e Educação, no polo IV, foi o escolhido. A dificuldade acrescida para a montagem do evento no Calvário, devido à chuva, e a preservação da comodidade de todos aqueles que queriam assistir, foram os principais motivos desta decisão, segundo um comunicado publicado pela AAUBI. O Grupo de Fados da UBI é o protagonista naquele que é considerado o momento mais emocionante da Receção. Apesar do peso simbólico da Serenata, repete-se anualmente uma das situações criticadas: o ruído. O espaço, mas sobretudo o barulho, desapontaram Sara Sousa, caloira de Medicina: “ninguém respeitou a serenata e, ao fundo do recinto, não se ouvia nada. Acredito que no Calvário seria mais místico”, diz. Ainda assim mostrava-se conformada: “foi emocionante e faz parte do meu percurso académico, apesar de não ter correspondido às minhas espectativas”. Quem viu esta serenata de uma forma mais especial foi Sara Santos. “Sempre esperei por este momento. Está a ser fenomenal”, frisou a aluna do segundo ano de Optometria que traçou a capa pela primeira vez, como manda a tradição para todos os estudantes desse ano. Apesar de o local ser diferente, e de preferir o Calvário pelo seu “ambiente mais chamativo para o evento”, o mais importante era o motivo que levou os ubianos até ao edifício. Quando levada a recuar um ano, na altura ainda em praxe, a nostalgia veio ao de cima. “Sinto saudades, pois foi o melhor ano da minha vida”. “Cada momento é único, mas este é especial, uma vez que esta é uma das últimas serenatas”, conta Ricardo Henriques. Mas o finalista do curso de Engenharia Eletromecânica, que gostava de ver mais fados na cerimónia, também se mostrou desiludido com o espaço, ainda que tenha compreendido a decisão. “Podiam haver outras hipóteses”, concluiu. Se uns traçaram as capas pela primeira vez, outros, orgulhosos, traçavam as dos seus afilhados. João Parente, licenciado em Marketing e estudante de mestrado, classificou este acontecimento como “único”, sendo uma espécie de “passar de testemunho. Serve para eles saberem que vão ter sempre alguém especial, na universidade, para tudo o que precisarem”. A falta de respeito perante o acontecimento que ali se vivia também não foi esquecida: “gostava que pelo menos uma vez na minha vida académica houvesse uma serenata, cá na Covilhã, com silêncio, respeito e espírito académico”, mas será complicado, uma vez que “metem os bares no mesmo recinto”. Nuno Macedo, membro do Grupo de Fados da UBI, concorda com esta crítica. Apesar do ”orgulho” por marcar presença em mais uma serenata da academia, não escondeu a tristeza ao reconhecer que a tradição nunca é devidamente respeitada, mesmo após os apelos da AAUBI, e deixou um recado para o futuro: “aproveitem a serenata em silêncio e com respeito”. Marcada por emoções tão díspares, esta noite continuou com a atuação do vencedor do Concurso de DJ’s. |
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