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Ano Zero arranca com 94 alunos
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 14 de outubro de 2015 · @@y8Xxv Procuram melhorar a média ou preparar-se para exames nacionais e, assim, tentar ingressar no Ensino Superior, no próximo ano. Os primeiros estudantes do Ano Zero da UBI foram recebidos na última semana, onde lhes foi explicado como vai funcionar esta sua primeira experiência numa instituição de Ensino Superior. |
Os alunos do Ano Zero ouviram esclarecimentos do vice-reitor, João Canavilhas |
21992 visitas Um grupo de 94 estudantes que no atual ano letivo não tiveram possibilidade de ingressar no Ensino Superior vai frequentar a Universidade da Beira Interior (UBI) na primeira edição do Ano Zero. A proposta dirigiu-se aos estudantes que não concluíram o 12.º ou não obtiveram uma média final que lhes permitisse prosseguir a formação Superior. Chegam à UBI com situações diversas, desde os que ficaram a poucas décimas de entrar no curso que pretendiam e procuram melhorar as classificações aos que não terminaram o Secundário por terem reprovado até duas disciplinas, o número permitido pelo regulamento do Ano Zero. Com este projeto a UBI criou a possibilidade de corrigir estas dificuldades, para que em 2016/17 possam ser universitários. “Para nós, o mais importante é que dentro de um ano, os 94 sejam novos estudantes no Ensino Superior. Nós gostaríamos que fosse aqui, mas se for noutro sítio ficaremos igualmente contentes”, disse João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais, na sessão de boas vindas que decorreu na quinta-feira, dia 8. Na plateia estavam estudantes colocados nas várias licenciaturas e mestrados integrados, onde vão frequentar disciplinas nas mesmas condições de qualquer aluno da UBI ou ter sessões de quatro horas semanais de preparação para os exames de matemática, física ou química. Pelo menos três dos que participaram na sessão querem ingressar na UBI. É o caso da covilhanense Carolina Campos, Manuel Neves Borges, de Aveiro, e André Baltazar, da Guarda. A primeira não concluiu o 12.º ano por falta de uma disciplina e decidiu inscrever-se no Ano Zero “para adiantar trabalho”, no curso de Engenharia Eletromecânica, que pretende tirar na UBI. Isto porque se conseguir aproveitamento nas cadeiras que irá frequentar, serão creditadas no seu processo ao chegar à instituição. Acredita que, desta forma, evita “um ano perdido” a repetir apenas a disciplina que ficou para trás. Manuel Neves Borges vem de Aveiro e instala-se na Covilhã para depois se candidatar a Informática Web. “Venho para fazer os exames nacionais e pertencer à UBI na continuação dos estudos”, explica. Quanto a André Baltazar, em Bioquímica, reconhece que na Guarda não tinha possibilidade de frequentar o curso ou o Ano Zero e a “a proximidade da Covilhã facilitou”, explica. Acrescenta que a alternativa era voltar a uma escola secundária para inverter a falta de aproveitamento a matemática. “Desta forma faço disciplinas e depois concorro para cá”, refere. Nas aulas de apoio de matemática contará com um programa centrado nos conteúdos do programa do 12.º ano, “eventualmente com um pouco do 11.º e 10.º, se for necessário”, como explicou Patrícia Beites, uma das docentes responsáveis por esta disciplina. Não haverá uma classificação final, mas “uma avaliação formativa, para que se perceba a evolução e se possa regular o que está a ser feito”, disse ainda. Processo semelhante à física e química como explicou o docente Luís Amoreira: “Vamos tentar explorar os conteúdos do Secundário, obviamente, em todas as vertentes, incluindo a laboratorial”. Se estes alunos têm os mesmos direitos que os restantes, como afirmou João Canavilhas, estão abrangidos pelas mesmas obrigações. “Uma coisa importante é não se deixarem deslumbrar pelo facto de estarem cá. Vocês vão ter que se empenhar para conseguirem no próximo ano ingressar no Ensino Superior no registo dos vossos colegas que entraram este ano”, alertou o vice-reitor. O Ano Zero destina-se a titulares do 12º ano ou equivalente, que tenham frequentado esse nível pelo menos uma vez, mesmo que não tenham obtido aprovação a duas disciplinas, e a estudantes estrangeiros que pretendam aprofundar conhecimentos de Língua Portuguesa. Segundo o vice-reitor da UBI, os números de candidatos e colocados causou alguma surpresa. “Quando começamos o projeto nunca pensamos que fossem tantos os alunos que entrariam no Ano Zero. Nesse aspeto correu muito bem”, conclui. Na mesma sessão participou Maria Rosa Macedo, da Escola Secundária Campos Melo, onde apresentou os Cursos de Educação e Formação de Adultos (Cursos EFA), que permitem aos estudantes com aproveitamento obter o diploma do 12.º ano. |
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