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Internacionalização e dinamização da Beira Interior são duas apostas do novo ano académico
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 14 de outubro de 2015 · @@y8Xxv A Cerimónia de Abertura do Ano Académico serviu para António Fidalgo fazer um balanço dos números relativos à colocação de alunos e projetar os próximos meses. O reitor da UBI quer ver a instituição mais internacional, mas também próxima da região, com atividades juntos dos jovens em idade escolar e através do Centro de Competências de Cloud Computing. |
António Fidalgo dirigiu-se à academia para avaliar atração de novos alunos |
21998 visitas “Iniciamos o ano académico de 2015/2016 animados e felizes com a elevada taxa de colocação de alunos nas 1.ª e 2.ª fases dos Concurso Nacional de Acesso”. António Fidalgo, reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), iniciou desta forma a Cerimónia de Abertura do Ano Académico 2015. O responsável pela instituição de Ensino Superior da Covilhã avaliava assim a atratividade da instituição que registava até àquele momento – quarta-feira, dia 7 – 1.353 novos alunos, somados os novos matriculados nacionais (1.133) aos provenientes do estrangeiro. Com os 220 alunos internacionais – e sem contabilizar a 3.ª Fase do Concurso Nacional – a UBI ultrapassou as 1.240 vagas disponibilizadas para os 29 cursos de 1.º Ciclo e Mestrado Integrado e o reitor não passou ao lado da importância da estratégia de atrair universitários, em especial nos países lusófonos, que contribuíram também para que as licenciaturas com poucos candidatos subissem nas colocações. Referência a Angola, de onde vieram 37 estudantes no âmbito de um protocolo celebrado com o Instituto Nacional Angolano de Gestão e Bolsas de Estudo (INAGBE), considerado “motivo de grande esperança”, salientou. “Cabo Verde pela longa tradição de alunos que dali nos procura e depois pela profunda ligação que os alumni cabo-verdianos mantêm com a UBI”, ou o Brasil, de onde provem já a maior comunidade estrangeira da academia, foram outros exemplos referidos. O trabalho em terras brasileiras continua em desenvolvimento, nomeadamente com a Rede UBI, que estreita a relações entre a instituição e colégios brasileiros, com António Fidalgo a apelar a que o esforço de internacionalização abranja todos os alunos, docentes e funcionários da Universidade – a quem pediu uma boa receção a quem chega – e as diferentes estruturas da instituição. Porque as vantagens estão à vista, como se depreende das duas palavras: “Acredito que quanto mais plural e diversa for a proveniência geográfica e cultural dos nossos alunos, mais a UBI será atrativa, não só para eles, mas também para os jovens nacionais. Teremos uma comunidade e uma cidade muito mais cosmopolitas, e isso será uma enorme riqueza e motivo de maior atratibilidade da nossa universidade”. Esse trabalho “é de longo fôlego”, acrescentou, pedindo de seguida o “empenho continuado e persistente de todos”, nomeadamente da reitoria, de faculdades e departamentos, “num forte espírito de internacionalização”. Num discurso síntese do período de colocações e de projeção do próximo ano letivo, António Fidalgo aproveitou para lembrar algum do trabalho feito a nível nacional, que também contribuiu para os números de novos alunos. Nomeadamente as iniciativas promovidas junto das escolas secundárias, dinamizadas por docentes das faculdades de Engenharia, Ciências e Ciências da Saúde. “É com este tipo de iniciativas que a universidade faz dois em um, que põe oiro sobre azul: eleva o nível científico das escolas secundárias da região e além-região e consegue que alunos de elevado potencial ingressem posteriormente na UBI”, sublinhou, garantindo “apoio financeiro e logístico da reitoria” às faculdades que optem pela organização de outras atividades do mesmo género. Para o ano letivo em curso, António Fidalgo quer continuar a fortalecer a identidade ubiana, através da página web da universidade e das ferramentas online. O site – que foi alvo de uma remodelação total em 2015 – é tido como “ao nível do melhor que se faz em todo o mundo”, a personalização dos e-mails dos alunos com nome próprio e a intranet, são disso exemplos. No mesmo dia da sessão solene entrou em funcionamento a “minha.ubi.pt”, que permitirá o acesso aos vários serviços e informações da instituição a toda a comunidade ubiana. Objetivos de todas estas mudanças no plano online: a simplificação técnica e a tal maior identificação dos membros da comunidade académica com a instituição. “Claro que se trata de simplificar a vida de todos os que trabalham na UBI, mas trata-se também de facilitar a cooperação de todos os que aqui trabalham, alunos, docentes e funcionários, e estreitar os laços que nos ligam na epopeia do conhecimento que é a vida universitária”, explicou, lembrando que é “o seguimento do esforço desenvolvido ao longo destes últimos dois anos de dinamizar, isto é, de encher de vida os espaços da universidade”. O próximo ano letivo também trará uma estrutura, que é mais do que uma unidade de I&D. António Fidalgo não deixou de destacar o Centro de Competências em Cloud Computing (CCC), que marcará os próximos anos no plano da investigação e dinamização do tecido empresarial da região. UBI, Data Center da Covilhã e empresas na área das TIC e de serviços de nearshoring instaladas nesta zona do País são a base do CCC, que pretende atrair os melhores profissionais. É assim que cumprirá o desígnio que o reitor reafirmou na cerimónia. “Queremos fazer parte da elite mundial na área do cloud computing, como queremos contribuir aqui no terreno, através da experiência pioneira da cloudificação de uma Comunidade Intermunicipal, para modernização administrativa da região e assim servir de modelo à administração pública no geral. O desafio é grande, bem o sei, mas tenho a confiança de que teremos a força e a sageza para o realizar”, salientou. A cerimónia contou ainda com uma Oração de Sapiência, intitulada “A ciência e a engenharia na evolução da humanidade: o caso da aeronave de VSTOL”, pelo Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia, Jorge Manuel Martins Barata, e as intervenções de Francisca Castelo Branco, presidente da AAUBI, e Joaquim Lima, vice-presidente do Conselho Geral. A dirigente estudantil destacou igualmente o número de novos alunos e os apoios sociais disponíveis para que está em formação universitária. No caso da UBI, programas nacionais como as bolsas “+Superior” ou dentro da própria instituição o Programa FAS. Francisca Castelo Branco tinha ainda um desafio para lançar. Sugere que a UBI, “que tem um potencial enorme”, deve formar pessoas empreendedoras com uma nova mentalidade: “Criar jovens que não vejam o futuro como possibilidade de serem máquina de fazer dinheiro, mas que apostem em si, que pensem em ser realmente bons a fazer alguma coisa. Creio realmente que é isto que faz crescer as pessoas”. Joaquim Lima, que substituiu o presidente do Conselho Geral, Paquete de Oliveira, ausente por motivos de saúde, deixou votos aos alunos “de um ano escolar de conhecimentos e aprendizagens”, aos docentes e investigadores para que possam “continuar a apostar no conhecimento e aprendizagem em prol da responsabilidade que assumem perante os alunos e comunidade” e dirigiu-se ainda ao pessoal não docente, “pela elevada responsabilidade de fazer da UBI um excelente local para viver e trabalhar”. |
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