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Lardosa: Não há feira sem feijao
Sónia Perdigão e Sara Guterres · quarta, 14 de outubro de 2015 · A aldeia beirã voltou a ser palco da Feira do Feijão Frade. O evento contou com a presença de 64 expositores de produtos como o feijão-frade, enchidos, queijo, vinho, mel e artesanato |
Expositor de produtos da Feira do Feijão Frade |
22064 visitas No passado fim-de-semana, o rei foi o feijão-frade, presença obrigatória em todos os pratos. Bombos, ranchos e um grupo de concertinas foram alguns dos espetáculos que animaram o ambiente dos festejos. A 10ª edição da Feira do Feijão Frade, na Lardosa, teve início no dia 9 e incluiu um conjunto diversificado de atividades, como um passeio de bicicletas antigas, que se realizou no dia 10, um passeio pedestre, que decorreu no dia 11, e muita música à mistura com o 10º festival de folclore. As expectativas eram altas. “Estamos sempre limitados pelo tempo. Vamos ver se conseguimos passar no intervalo da chuva este ano e, se isso acontecer, estou a contar que venham à feira entre 10 e 15 mil habitantes”, afirmava José Dâmaso, presidente da Junta de Freguesia da Lardosa, antes da festa. Para ajudar a organização a atingir este objetivo, o presidente José Dâmaso conseguiu que, para além dos comboios regionais, também os intercidades parassem na pacata aldeia da Lardosa. “Arranjei maneira de fazer parar, sábado e domingo, os intercidades, coisa que não acontece diariamente, uma vez que na estação de caminhos-de-ferro da nossa aldeia só param os regionais”, confessou. Mas o tempo não ajudou e os números previstos não foram atingidos. Nesta edição a novidade foi a trufa de feijão-frade, um agridoce que combina queijo com feijão e chocolate. Os seis restaurantes da região exibiram vários pratos onde o ingrediente principal foi o feijão. "O feijão entra na maior parte dos pratos. É o feijão-frade com a sardinha, com o bacalhau, com a entremeada, com o frango e com as febras", mencionou Joaquim Justiça, proprietário de um dos seis estabelecimentos instalados no espaço da feira. Da terra à bancada, o feijão passa pelas mãos experientes dos produtores. Emília Almeida, produtora de feijão há mais de uma década, foi convidada a participar na primeira edição deste evento e desde então tem marcado sempre presença. “A feira já há dez anos que começou e eu já vendia há muito mais, só que entretanto a Junta de Freguesia convidou-me e eu aceitei”, comentou. Vários produtores tentam a sua sorte candidatando-se às vagas disponíveis na feira com o objetivo de divulgar os seus produtos. Maria Torres, produtora de enchidos, é uma das pioneiras deste projeto. “Eu faço parte desta feira desde o início. Desde a primeiríssima. Venho cá acima de tudo para mostrar os meus enchidos. Apesar da crise há muita gente a visitar esta feira, inclusive eu já tive aqui dois casais de espanhóis que vieram pela primeira vez”, afirmou. Mesmo sendo a 10ª edição, há sempre caras novas que se deslocam a esta feira, devido às mais diversas atrações, principalmente gastronómicas. “É a primeira vez que aqui venho, mas estou a achar interessante e devem continuar com esta feira. Acho que é uma boa iniciativa por parte da Junta de Freguesia”, diz João Jerónimo. O objetivo desta iniciativa é abrir horizontes aos habitantes locais e movimentar a economia da aldeia. |
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