Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Covilhã associa-se à paixão do colecionismo
Mariana Barbosa e Joana Isabel Gonçalves · quarta, 14 de outubro de 2015 · O núcleo da Liga dos Combatentes organizou, no passado dia 3 de outubro, a XIX edição do encontro nacional de colecionadores e Feira de Trocas da Covilhã. |
Mesa de pacotes de açúcar de Joaquim Matos. |
21966 visitas O centro de Ativ’Idades, localizado no Sporting Shopping Center, acolheu no sábado, dia 3, mais uma feira de trocas. Chávenas de café, pacotes de açúcar, selos, esferográficas, pins, moedas, relógios, crachás e postais, entre outros, eram alguns dos objetos itens em exposição. António Santos iniciou-se neste ramo com o pai. Colecionador de chávenas de café há cerca de 20 anos, António tem “3,500 chávenas diferentes”, algumas das quais “chávenas raras, com cem anos e com ortografia antiga”. Os pacotes de açúcar preencheram a maioria das mesas na feira. Inúmeras versões estavam disponíveis para troca, desde as mais comuns às mais raras. Com infindáveis memórias dos seus tempos em combate, António Poupinho coleciona estes objetos desde 1978 e tem cerca de 15 mil pacotes de açúcar. Ainda com recordações claras do primeiro pacote de açúcar que guardou, o covilhanense partilha a sua vontade de ver os jovens dispostos a interessarem-se pela atividade a que ele se rendeu: “era bom que vocês, pessoas mais novas, começassem a criar este gosto porque há coisas interessantes”, diz. À semelhança do ex-combatente, também o colecionador Joaquim Matos, natural de Castelo Branco, faz dos pacotes de açúcar uma coleção de grande estima. No ramo há cerca de 15 anos, não perde nenhuma feira de colecionismo e de troca no “país todo, de norte a sul”. Grande parte do seu tempo é usado para a organização dos pacotes, cuja quantidade já perdeu a conta. O que Joaquim mais preza nestes eventos são as amizades que se criam. A motivação de cada pessoa para colecionar objetos é determinada por diversos fatores que levam estes colecionadores a percorrer quilómetros para participar em feiras deste cariz. Para Carlos Marques, membro da Liga dos Combatentes, foi através do seu pai que o gosto pelos selos nasceu. “Para mim, receber os selos do correio novos e meter no álbum não tem valor nenhum, porque a função dos selos é circular”, afirma o colecionador. A comemorar a sua XIX edição, a Feira de Colecionismo e Trocas da Covilhã realiza-se graças à Liga dos Combatentes. João Azevedo, o presidente da direção do Núcleo da Liga na Covilhã, realça o facto de este ser “um dos 105 núcleos que compõem esta Liga”. A realização dos eventos ligados ao colecionismo relaciona-se com a existência de alguns colecionistas na direção do núcleo na época em que se iniciou o projeto. Em relação aos anos anteriores, “nota-se um decréscimo na adesão, que existe também a nível nacional”, afirma o presidente. Apesar de tudo, é através das amizades que se “foram consolidando ao longo deste tempo” que continuam, e continuarão, a existir eventos destes. A apoiar a realização da feira esteve também o Município da Covilhã. |
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