Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Participação, proximidade e influência sobre as notícias
Kattyane Costa · quarta, 30 de setembro de 2015 · Continuado O jornalismo do futuro será de proximidade ou não será. Este tema foi objecto de consenso por parte de todos os participantes do Fórum de Imprensa Regional, que decorreu no dia 24 de Setembro, na UBI. Empresários, profissionais de imprensa, rádio e televisão abordaram diferentes tópicos da participação e da proximidade e suas influências sobre as notícias. |
21969 visitas O objetivo do Fórum foi debater a ligação de participação e de proximidade que conduz o jornalista. Em todos os blocos de discursão foi ressaltada da importância que o leitor e ouvinte têm para o jornalismo. O fato de “ser próximo ou não da causa” a ser noticiada não deve interferir na independência do jornalista. Mesmo que existam pressões, “é fundamental haver resistência por parte do jornalista” explicou Joaquim Duarte, director do Jornal do Ribatejo, para quem dessa maneira o jornalista cumpre seu dever social para com os leitores. João Carlos Correia, docente da UBI, iniciou o primeiro painel da tarde com uma pequena introdução aos conceitos de proximidade e alguns exemplos sobre os seus diferentes tipos dentro da sociedade: espacial, temporal, temático, cultural e social. O Diretor do “Jornal do Fundão”, Nuno Francisco, primeiro palestrante do bloco trouxe também alguns exemplos de conceitos com base na proximidade regional: a proximidade de facto, a proximidade à reação, e a proximidade à crítica. O jornalista também falou sobre dois tipos de jornalismos: o jornalismo objetivo, “a regra de ouro dos jornalistas”; e o jornalismo de causas, que “é movimentado pelas proximidades”. Para Nuno Francisco, os jornais devem servir como porta-voz das causas sociais, “sendo o jornalista um agente social ativo e não uma mera testemunha dos fatos”. O Diretor de “O Ribatejo”, Joaquim Duarte acredita que “todo jornalismo é de proximidade”. Pois “cabe ao jornalista buscar aproximar-se da notícia, investigando e trazendo-a à tona. Este responsável ressalta que é preciso ter atenção ao buscar a notícia nas fontes, e não confundir essa relação com amizade. Dessa forma, “quando a fonte for a própria notícia não pode deixar de ser criticada. É preciso manter-se fiel em função da verdade, preocupando-se sobretudo com os leitores”. O jornalista da “Rádio Cova da Beira”, Paulo Pinheiro, trouxe a visão do jornalismo através da rádio. A intenção das rádios é exatamente “aproximar-se dos ouvintes da região” contribuindo “para uma região mais informada e participativa”. Exemplos disso são os debates realizados pelas rádios sobre assuntos locais, ou programas destinados aos idosos. A atuação de proximidade entre jornalista e ouvinte é de enorme importância como agente ativo da sociedade, defendeu, pelo que dificilmente terá seus dias contados. |
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