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Foral assinalava importância da criação de gado bovino
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 30 de setembro de 2015 · Continuado
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21983 visitas A importância da criação de gado ovino na Covilhã está presente já na Carta de Foral de 1186. Dizia este documento que “o gado da Covilhã não pagará tributo de pasto em terra alguma”. O segundo Foral, atribuído em 1510 por D. Manuel I, continuou a proteger esta atividade. “A principal feira da cidade, concebida por carta de D. Afonso III, e com data posteriormente fixada em Julho, pela festa de S. Tiago, por D. João I, era uma feira sobretudo dedicada aos gados e à lã”, lembra a Câmara da Covilhã. O concelho da Covilhã, enquanto porta de entrada para a Serra da Estrela, integrava as principais rotas da transumância. As principais vias percorridas pelos gados para entrarem na montanha, correspondiam aos troços: Covilhã - Torre; Unhais da Serra; Bouça-Vale da Alforfa; Vila do Carvalho - Curral do Vento. “Terá sido este tipo de movimentações que levou à criação de cargos para o controlo de gados e resolução de conflitos entre pastores e proprietários. É o caso dos cargos de ‘Porteiro e Andador da Serra da Estrela’ e de ‘Desembargador Juiz e Conservador dos Pastores Ganadeiros da Serra da Estrela e Alentejo’”, refere ainda fonte da autarquia, a propósito da inauguração do painel da transumância. Em 1730, uma provisão régia, de D. João V, aos frades de Convento de Santo António da Covilhã, mostra que também estes possuíam gado lanígero, fruto das esmolas locais. No século XIX, e apesar da decadência da transumância, a criação de gado lanígero continuava a ser uma constate na região. Alguns criadores apostavam na inovação e especialização e introduziam novas raças mais aptas para a produção de lã. |
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