Os direitos dos reformados estiveram em debate no encontro que a Associação de Inter-Reformados promoveu na Sede do Sindicato Têxtil da Covilhã. A celebrar 25 anos de luta pelos direitos dos reformados, a organização coordenada a nível nacional por Fátima Canavezes e distritalmente por Manuel Carrola, lembrou as lutas que é preciso continuar a travar para que sejam alcançadas reformas dignas a partir dos descontos feitos.

Numa altura em que se aproximam as eleições legislativas, a coordenadora da Direção Nacional da Inter-Reformados alerta para a importância de continuar a defender o bem-estar de todos os reformados. A responsável garante ainda que não importa quem ganhe o próximo ato eleitoral porque "seja António Costa ou Passos Coelho quem sofrerá uma vez mais com os cortes serão os nossos reformados e os próximos reformados".

Também Luís Garra, Coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB/CGTP-IN), realçou a importância de lutar pelos direitos de todos os pensionistas, aposentados e reformados e apelou por isso ao voto no próximo dia 4 de Outubro. Para o sindicalista só com a ida às urnas será possível derrotar as políticas de direita e garantir o futuro das reformas em Portugal.

Luís Garra salienta ainda que "a Inter-Reformados e as associações de reformados no distrito de Castelo Branco têm intervenção permanente e constante junto dos reformados e não fazem questão de ser mediáticas, de ser famosas". O responsável garante que a preocupação é apenas com a resolução dos  problemas.

A sessão contou ainda com a participação de José Augusto Oliveira, membro da Comissão Executiva da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), que alertou para a forma como os sucessivos governos têm tratado das questões da Segurança Social e das pensões.

Todos os responsáveis que marcaram presença na cerimónia prometeram continuar a lutar pelos direitos dos reformados e sem agendarem qualquer manifestação salientam que a decisão será agora tomada nas urnas.

O encontro encerrou com uma atuação do grupo Cantares a Lã e a Neve e com um porto de honra.