A Câmara da Covilhã e a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã (SCMC) manifestam-se disponíveis para ajudar no apoio aos refugiados que têm tentado chegar à Europa, em fuga de países do Médio Oriente. A autarquia anunciou a convocação de uma reunião da rede social, onde estará sobre a mesa o acolhimento de pessoas que tentam abandonar a instabilidade política e social do continente africano e a SCMC entrou em contacto com o Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco e a própria edilidade entre outras, manifestando disponibilidade para acolher e apoiar no processo de integração de refugiados.

“É um drama ao qual os covilhanenses não devem ficar indiferentes, portanto nós vamos ser solidários com as vítimas que perderam tudo, só lhe resta perder a dignidade mas nós não queremos isso, portanto vamos ver qual é a nossa disponibilidade”, disse o presidente da Câmara da Covilhã, no final da última reunião do executivo municipal de sexta-feira, dia 4.

Quanto à Misericórdia, o provedor Neto Freire anunciou, em comunicado, que a ação de acolhimento de refugiados “nunca fará esquecer os problemas de todos os covilhanenses, alguns deles também a atravessar momentos de crise e que já estão a ter suporte da Misericórdia da Covilhã”. Contudo, acrescentou, “é nestes momentos que toda uma comunidade deve estar unida” para “minimizar a dor destes refugiados que já nada têm”. A resposta da instituição poderá resultar em alojamento, alimentação, educação e saúde, entre outras, diz o mesmo comunicado.

Câmara e SCMC são dois dos organismos da Beira Interior que manifestaram a intenção de apoiar os contingentes que atravessam problemas ao chegar à Europa, em especial na zona do Mediterrâneo.

Os 15 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), entre eles a Covilhã, estão disponíveis para receber refugiados. “Hoje mesmo  [terça-feira, dia 8], aprovámos, por unanimidade, a elaboração de um plano intermunicipal de ação que agregará toda a informação disponível relativamente às condições que cada concelho pode disponibilizar, bem como ao número de pessoas que poderá acolher”, disse Vítor Pereira que também preside à CIMBSE, à Agência Lusa.

Integram a CIMBSE 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três de Castelo Branco (Belmonte, Fundão, além da Covilhã).

Também em Castelo Branco, as autarquias de Penamacor, Vila de Rei e Vila Velha de Ródão manifestaram disponibilidade para acolher refugiados.