Encerram a 6 de setembro as inscrições para a próxima edição do CEBT – Competências Empreendedoras de Base Tecnológica, que vai procurar incentivar o empreendedorismo e desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado, através das ideias de estudantes, investigadores ou docentes. O curso está inserido no projeto INESPO II, que foi liderado pela Universidade da Beira Interior (UBI) e financiado pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha (POCTEP), que juntou o Conselho Empresarial do Centro e as universidades da Região Centro (Aveiro, Coimbra, e UBI) e de Castela e Leão (Salamanca, Valladolid e Léon).

O CEBT, que existe desde 2005, vai ter a mesma configuração dos últimos anos. Ao longo de dois meses, os participantes vão beneficiar de 70 horas de workshops, sessões de mentoring e coaching, dinamizados por especialistas dos dois lados da fronteira, provenientes das seis universidades envolvidas.

“Os objetivos continuam a ser os mesmos: desenvolver o espírito empreendedor e ajudar a transferir o conhecimento das universidades para a economia”, explica Mário Raposo, coordenador do INESPO. De acordo com o responsável, essas metas foram sendo cumpridas, porque “tem havido um número considerável de candidatos, ideias de negócio bastante interessantes e, até hoje, foram criadas algumas spin offs e start ups que passaram pelo CEBT”.

Motivos que levaram os responsáveis pelo financiamento a considerar o projeto como sendo de boas práticas no seu âmbito, o que permitiu obter da parte do gestor do programa a aprovação para mais uma edição do CEBT Ibérico, apesar do INESPO terminar em outubro.

Este ano, por causa do início do novo quadro comunitário, vão existir programas de apoio para quem tiver boas ideias empresariais, o que representa um incentivo aos participantes.

“No curso é criada a ideia da empresa, o plano de negócios e, depois, se os empreendedores tiverem vontade e o espírito certo, podem ir a essas novas linhas de fundos comunitários que vão existir nos próximos anos, que permitem o apoio ao desenvolvimento de novas empresas”, salienta Mário Raposo.

O Curso é geralmente integrado por alunos já formados, habitualmente em doutoramento ou docentes das universidades e está aberto a todas as áreas do saber. Equipas multidisciplinares e que geralmente “vêm de várias áreas do saber o que é importante”, salienta o também vice-reitor da UBI, lembrando que “por vezes o ‘mix’ que se cria com saberes que se complementam entre si  cria sinergias para o melhor desenvolvimento das ideias”.