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Silo-auto do Pelourinho passa para a ICOVI
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 5 de agosto de 2015 · Na Assembleia Municipal de sexta-feira, dia 31 de julho, a passagem do estacionamento subterrâneo para a empresa municipal foi aprovada por maioria. PS e PSD votaram a favor. MAC e CDU opuseram-se. |
Tal como na votação que aconteceu na Câmara, MAC e CDU estiveram contra a alienação do estacionamento para a empresa municipal |
21970 visitas A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou a alienação do parque de estacionamento subterrâneo da Praça do Município à ICOVI – Infraestruturas e concessões da Covilhã, depois da proposta ter passado no executivo municipal, três dias antes. Oito votos deputados estiveram contra, votos provenientes em igual número das bancadas do Movimento Acreditar Covilhã (MAC) e CDU. Tendência de voto que já se tinha verificado na reunião do executivo municipal de 28 de julho, com os vereadores Pedro Farromba (MAC), José Pinto (CDU) e ainda o elemento independente, Nelson Silva, a reprovarem a proposta do executivo. A bancada do PS – a mesma força partidária que tem maioria na Câmara – elogia o processo que culmina uma série de divergências entre a concessionária do silo-auto e a autarquia, que resultaram na condenação da Câmara ao pagamento de cerca de 8,5 milhões de euros e a receber a propriedade do imóvel. “Esta proposta defende o que é o interesse público da Covilhã e do município, que não sendo um problema criado por este executivo, vem resolvê-lo”, disse Hélio Fazendeiro, líder do grupo socialista, sobre uma questão que se arrasta desde o tempo do executivo de Carlos Pinto. “Parece-se que é uma boa medida de gestão”, acrescentou para justificar o voto favorável. O PSD também esteve a favor e criticou a proposta que chegou a ser negociada em 2009, ainda antes das eleições que deram vitória a Vítor Pereira. “A proposta do anterior executivo seria obtido o regime de arrendamento do silo-auto, enquanto que pelo acordo a que agora se chegou resulta a propriedade plena para o município, porque a ICOVI é detida a 100 por cento pela Câmara da Covilhã”, salientou Francisco Moreira. Esta circunstância não deixa a CDU descansada. “Diz a câmara que a empresa é 100 por cento pública, é verdade, ainda é, mas e amanhã?”, questionou Jorge Fael, líder dos comunistas, acrescentando: “Não fomos e não somos favoráveis à existência da ICOVI. Defendemos que a propriedade do silo e estacionamento pago devem ser do município, afastando a hipótese de qualquer concessão futura”. Da parte do MAC, João Bernardo criticou a alienação que considera poder ter sido “evitável”. O líder da bancada do Movimento na Assembleia Municipal considerou que “o município tinha a obrigação de, pelo menos, ter intentado uma ação de reivindicação do imóvel desde o momento em que soube que esse aspecto da exploração do silo-auto não estava acautelada na ação”. |
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