Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Antigos alunos cabo-verdianos não esquecem a Universidade
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 22 de julho de 2015 · @@y8Xxv A Covilhã e a UBI criaram laços que se prolongam até hoje, sentimento que contamina as novas gerações de formados na Universidade da Beira Interior. Na última semana, reuniram-se com António Fidalgo, que quis saber o que a UBI pode fazer por eles, mas também o que podem fazer pela promoção da instituição. No país africano o responsável encontrou uma verdadeira comunidade ubiana. |
Depois de uma reunião com antigos alunos, o reitor da UBI participou num dos jantares que os ex-estudantes promovem com regularidade |
21975 visitas Antigos alunos cabo-verdianos da Universidade da Beira Interior (UBI) repetiram na última semana um ritual que é comum entre eles: reuniram-se para lembrar o tempo de estudantes, mas desta vez com uma presença especial. O reitor da instituição, António Fidalgo, esteve presente num convívio que foi mais do que um recordar dos “velhos tempos”. O responsável estabeleceu contactos com a comunidade que regressou a Cabo Verde para aprofundar uma ligação – que já é forte –, dentro da estratégia que tem sido desenvolvida pela UBI no sentido de reaproximar a instituição dos antigos estudantes e retirar daí o proveito da construção de uma verdadeira comunidade “ubiana”. Os encontros duraram dois dias. Começou com uma reunião, na quinta-feira, dia 16, com o objetivo que tem estado presente na estratégia “Alumni”. “Quisemos perceber o que eles podem fazer em prol na Universidade e nós em prol deles, no âmbito da iniciativa de dinamizar os antigos alunos”, explica António Fidalgo. No dia seguinte o jantar, com cerca de 40 pessoas que estudaram na UBI desde 1993, até a recém-formados. Várias gerações juntas num ambiente que impressionou António Fidalgo. “É uma coisa inacreditável a forma como integram os mais novos. Isso é fantástico”, descreve, considerando mesmo que “não há comunidade nenhuma que corporize o ideal ‘Alumni’ como a cabo-verdiana”. O surgimento da política “Alumni” assenta na ideia que os antigos alunos são um dos principais ativos da instituição, cujo acompanhamento do sucesso profissional consolida o prestígio da UBI. Nesse particular, os ex-ubianos que ali trabalham – também há portugueses que estudaram na UBI que prosseguiram lá as suas carreiras – são um bom cartão-de-visita da formação que adquiriram na Covilhã. “Alguns têm posições excelentes na sociedade cabo-verdiana, desde funções no Ministério da Cultura de Cabo Verde, ao Banco Central, ou na comunicação social, entre outras”, salienta António Fidalgo, considerando que a Universidade da Beira Interior tem “uma excelente imagem no país”. O regresso bem sucedido ao país natal não anulou o que viveram em Portugal “e continuam muito ligados à região e à cidade”, salienta. Rui Almeida Santos foi um dos antigos alunos presentes nos encontros com o reitor da UBI. Confirma a afirmação de António Fidalgo, quando convidado a revisitar os tempos de estudante e não só. “Memórias são muitas”, salienta o licenciado em Ciências da Comunicação, no final da década de 1990: “Basta reunirmo-nos para lembrarmos os estudos, as diretas, os fracassos e sucessos, os colegas e professores, das semanas do Caloiro e Académica, da Latada, do frio, das subidas íngremes da Covilhã, das saudades de casa, da família que por cá tinha ficado e, claro, da última cadeira feita”. “Pessoalmente – lembra o atual jornalista da Televisão de Cabo Verde, estação pública, onde é atualmente o pivot o Jornal da Tarde – fica-me também na memória os dois anos de estágio e trabalho na Rádio Jornal do Fundão e dos colegas desse e doutros órgãos, com os quais muito aprendi”. “A Covilhã foi, é e será sempre especial para todos nós”, acrescenta o jornalista que já ocupou o cargo de diretor de Informação, destacando muitas das características que são habitualmente lembradas por quem passa pela UBI. “Criámos laços tão fortes até hoje, que não encontramos em ex-estudantes de outras universidades portuguesas e, arrisco, de outros países. O espírito académico que a Covilhã respira, a pacatez, a tranquilidade e a dimensão pequena, mas acolhedora, da cidade e da UBI contribuiu para isso”, refere. A presença de António Fidalgo, vista como “de enorme simbolismo”, é mais um passo para estes ex-alunos avançarem no sentido de integrar a comunidade “Alumni” com um modelo mais desenvolvido. “Pretendemos criar uma associação para fazer com que a UBI seja mais conhecida e reconhecida por cá, nomeadamente pelas autoridades ligadas ao Ensino Superior. Não queremos ficar por eventos tipo ‘remember the time’”, conclui Rui Almeida Santos. Uma semente que também poderá contribuir para a internacionalização da UBI, que tem tido particular atenção aos países lusófonos, para a captação de alunos. “Vai haver cada vez menos estudantes portugueses, que vai sentir-se especialmente daqui a três ou quatro anos, como vemos pelo número dos que frequentam os ensinos Básico e Secundários. Todas as universidades portuguesas têm que se adaptar a essa diminuição”, sublinha António Fidalgo. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|