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Infante D. Henrique, Mateus Fernandes e transumância motivam programa cultural
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 8 de julho de 2015 · “Tecer a Covilhã”, que começa esta quarta-feira, inicia um programa de comemorações que se prolonga até dezembro, com o objetivo de assinalar os 600 anos do 1.º Senhorio da Covilhã e os 500 anos da morte de Mateus Fernandes. Nos próximos três dias são os têxteis e a transumância a centrar atenções. |
Jorge Torrão considera que a Covilhã beneficiou da influência do Infante D. Henrique |
21994 visitas Num mesmo programa, que se vai prolongar até final do ano, a Covilhã homenageia os 600 anos do Senhorio da cidade, os 500 anos da morte de Mateus Fernandes e a prática da transumância. O evento começa já hoje, quarta-feira, dia 8, com a vertente intitulada “Tecer a Covilhã”, de que resultará a instalação na Praça do Município de uma mascote associada ao programa – a Covelhita – e uma lona a assinalar as efemérides que a Câmara quer lembrar. D. Henrique, figura incontornável da história nacional, recebeu o senhorio da Covilhã, depois da tomada de Ceuta. O homem que haveria de ficar associado aos Descobrimentos, recebeu a cidade na sequência da sua intervenção na batalha e a autarquia considera que isso terá sido importante para o desenvolvimento concelhio. Quem o explica é Jorge Torrão. “Pelos títulos que foram atribuídos ao Infante, Senhor e alcaide-mor da Covilhã, ação ter-se-á refletido forçosamente na esfera local. Terras e indivíduos soba a alçada do grande impulsionador dos Descobrimentos terão beneficiado das diligências por este efetuadas”, considera o vereador com o Pelouro da Cultura, na autarquia serrana. Depois há Mateus Fernandes, classificado de “um dos filhos mais insignes da Covilhã”, ainda de acordo com o autarca. Foi um dos arquitetos do Mosteiro da Batalha e, para Jorge Torrão, “nasceu de suas mãos o manuelino”, o “único estilo artístico de raízes nacionais”. Se o assinalar destas duas efemérides têm programas em agosto (Comemorações da Tomada de Ceuta), setembro (Comemorações do 1.º Senhorio da Covilhã), outubro (Homenagem a Mateus Fernandes, que inclui uma passagem pela vila da Batalha), novembro (ciclo de palestras) e dezembro (espetáculo de encerramento das Comemorações dos 600 anos), já nos próximos dias há o “Tecer a Covilhã”. Vai prolongar-se até dia sexta-feira, dia 10, com a Covelhita, exposições sobre a temática dos têxteis, exibição de filmes e concertos com Zanguizarra (quinta-feira) e Anafaia (dia 10). O programa surge que na sequência das comemorações do património industrial e técnico, daí que os responsáveis autárquicos pretendam destacar a importância dos rebanhos, naquilo que foi o florescimento do sector têxtil. “A ovelha, enquanto fonte de matéria prima para a indústria de lanifícios, não pode ser por nós esquecida”, refere Carlos Madaleno, coordenador dos Museus municipais, acrescentando: “Temos vários concelhos vizinhos que estão a trabalhar bem naquilo que são as rotas da transumância, mas nós, no fundo, acabamos por ser o centro dessa transumância porque sempre fomos a principal porta de entrada na Serra da Estrela. Não podemos ficar fora deste fenómeno que foi a transumância, que tanto significou para a nossa história, para a história da indústria de lanifícios”. |
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