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Simpósio mostrou trabalho do Centro de Investigação para as Ciências da Saúde
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 8 de julho de 2015 · @@y8Xxv Foram dois dias de um Simpósio que comemorou a sua 10ª edição, organizado por um Centro de investigação que recebeu vários elogios pelo trabalho que já é reconhecido, apesar da curta existência. |
O Simpósio decorreu na segunda e terça-feira, dias 6 e 7, e teve no programa perto de 40 comunicações |
21972 visitas Um espaço para divulgar, debater e partilhar a investigação que está a ser feita no Centro de Investigação para as Ciências da Saúde (CICS). Foi este o propósito da 10ª edição do Simpósio da unidade que integra a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS-UBI), que decorreu ao longo de dois dias, com vários investigadores da casa e convidados de outras instituições. O estudo de situações relacionadas com a reprodução, sistema endócrino, doenças cardiovasculares, respiratórias crónicas, cancro e neurodegeneração são os principais focos da investigação de um centro que funciona baseado em dois grandes grupos para fazer o diagnóstico e monitorização do tratamento das principais doenças das sociedades ocidentais: “Hormonas e inflamação na saúde e na doença” e “Biotecnologia e ciências biomoleculares”. Ao longo dos últimos meses têm sido divulgados alguns resultados do trabalho feito, por exemplo, na prevenção do cancro mamário ou da próstata, na criação de novos medicamentos na prevenção do cancro, fertilidade masculina, ou na recuperação pessoas que sofreram um AVC. Dentro em breve, estes e outros estudos podem resultar na translação de conhecimento para a área clínica ou para o mercado do sector, um dos grandes desafios do CICS, como sublinhou a coordenadora científica da unidade, Ana Paula Duarte. “Existe investigação que poderá passar para a clínica de uma maneira relativamente fácil. Há outro tipo que é mais virado para o mercado, isto é, quando falamos em novos fármacos ou novos sistemas de entregas de fármacos, por exemplo”, explica a responsável. O CICS existe desde 2003 e tem registado evoluções constantes no número de pessoas associadas e na produtividade. “Tem-se trabalhado muito e naquilo que é importante para um centro de investigação que é aquilo que produz cientificamente”, salienta Ana Paula Duarte, referindo-se aos resultados que existem e que são divulgados. “Aquilo que nós podemos ver é que também nesse aspeto tem havido um crescimento muito positivo”, afirma. A ideia foi reforçada por Paulo Moniz. O vice-reitor para a Área de Investigação esteve nas sessões de abertura e encerramento do Simpósio e disse à plateia que “o CICS é um paradigma de excelência na investigação”, conclusão retirada da recente utilização de um programa de bibiometria. “Foi com enorme satisfação que verificámos, quando introduzimos filtros dos primeiros quartil ou decil, que o CICS estava acima ou equiparado a muitas outras universidades portuguesas. A excelência na investigação existe, está sólida e robusta”, disse o responsável, que já antes tinha considerado o Centro “um exemplo do caminho a seguir, relativamente à assistência aos estudos doutorais; transferência de conhecimento e inovação”, bem como “em termos de empreendedorismo académico”. Atualmente, tem 58 investigadores associados e recebe o contributo dos alunos que frequentam a Faculdade de Ciências da Saúde, nos três ciclos académicos – licenciatura, mestrado ou doutoramento. Uma realidade bem diferente daquela que recordou Luís Taborda Barata, na sessão de enceramento, ontem, terça-feira, dia 7, no último dos dois dias do Simpósio. O presidente da FCS lembrou o início o CICS, “em duas salas no Pólo I, com pouco equipamento, poucas pessoas e onde se começaram a delinear as diretrizes”, de um trabalho que hoje “é reconhecido fora de portas”. Mas apesar do crescimento verificado, existem uma dificuldade: o financiamento. “Os nacionais estão cada vez mais reduzidos e nós precisamos de nos esforçar para captar financiamento, especialmente, do Horizonte 2020 e agora o Portugal 2020”, refere Ana Paula Duarte, possibilidades que tinham sido explicadas igualmente por Paulo Moniz. Uma solução pode passar pelo estabelecimento de parcerias e a porta foi entreaberta por um dos convidados do evento, Miguel Castelo-Branco, do IBILI, unidade de investigação da Universidade de Coimbra. Seja para a candidatura a projetos ou outras parcerias científicas, foi também com o objetivo de criar interação que se fez o congresso. “Espero que esta partilha seja o prenúncio de colaborações futuras e que sejam colaborações bastante profícuas”, disse Ana Paula Duarte, no final do Simpósio, onde agradeceu às organização e intervenientes dos dois dias de trabalho onde foram apresentadas perto de 40 comunicações: três plenárias com convidados, nove de estudantes de doutoramento, e 24 de mestrado dos diferentes cursos da FCS e da Faculdade de Ciências. Estiveram expostos 32 pósteres científicos. |
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