Uma dezena de escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico poderá encerrar no concelho da Covilhã. O tema foi abordado na sessão da Assembleia Municipal de terça-feira, dia 30 de junho, e motivou a aprovação unânime de uma moção de repúdio contra a possível decisão.

Estão sinalizados os estabelecimentos de ensino de Barroca Grande (freguesia de Aldeia de S. Francisco), Cortes do Meio, Coutada, Orjais, Ourondo, São Jorge da Beira, Verdelhos, Vales do Rio e Vila do Carvalho, segundo foi listado pelos presidentes de junta durante a reunião. A estes, junta-se o jardim-de-infância de S. Jorge da Beira.

O texto do documento que recebeu o apoio de todas as bancadas da Assembleia, diz que “a população, os autarcas, os professores e os alunos deste concelho repudiam veementemente o encerramento indiscriminado que negligencia os direitos fundamentais consagrados na Constituição”, defendendo ainda o direito de todos às educação. “Não podemos aceitar que as nossas crianças sejam consideradas apenas e só números económicos”, acrescenta.

Além de apelar à luta no município contra a decisão, o texto da moção lamenta a forma como os autarcas foram informados da decisão, que terá sido feita através de correio eletrónico, enviado pelos serviços regionais e centrais de educação. “Sem auscultarem previamente as populações”, está escrito no documento.

A unanimidade durante a votação serve de argumento a Vítor Pereira, que entende que “independentemente dos partidos políticos, ninguém é favorável ao encerramento das escolas”. O presidente da autarquia da Câmara da Covilhã acrescentou que “a câmara municipal faz o seu trabalho e desempenha o seu papel, que é o de fazer uma pressão contundente - com base em factos e esgrimindo todos os argumentos - contra esta situação”.