Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Covilhã gemina-se com a Região Autónoma do Príncipe numa união de afetos
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 17 de junho de 2015 · Vencer a interioridade e a periferia são objetivos da parceria que o concelho da Covilhã estabeleceu com a africana Ilha do Príncipe. |
O protocolo foi assinado na segunda-feira, dia 15 |
21968 visitas A cidade da Covilhã e a Região Autónoma do Príncipe (RAP), de São Tomé e Príncipe, ficaram unidas por uma geminação que se estendeu a protocolos rubricados com outras entidades do concelho serrano. A história comum liga Portugal àquela zona africana, mas décadas depois da independência, há novos traços de identificação entre as populações. Como foi defendido pelos dois principais intervenientes na cerimónia protocolar – Vítor Pereira, autarca covilhanense, e José Cassandra, presidente da Região Autónoma – a interioridade e a periferia marcam a realidade dos territórios que dirigem. O combate a essa condição passa “pelo estabelecimento de pontes”, disse José Cassandra. Na ponte que fez na Covilhã na segunda e terça-feira, dias 15 e 16, leva acordado que passará a existir uma cooperação que se estenderá às relações institucionais, educativas, económicas, sociais e turísticas. “A RAP está hoje em melhores condições de construir pontes com instituições de regiões de latitudes diversas, dotadas dos mesmos valores e princípios em prol da construção de um mundo mais justo, mais solidário e sustentável, onde as periferias ou interioridades não serão sinonimo de humilhação, esquecimento ou indiferença”, disse José Cassandra, antes de rubricar o protocolo no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na segunda-feira, dia 15. Um discurso onde não faltaram referências a elementos da Beira Interior. Desde a Serra da Estrela, “onde nasce o Rio Mondego”, até à evocação, em mais do que uma ocasião, do autor covilhanense, António Alçada Baptista. Se este era considerado o escritor dos afetos, o termo serviu de mote à própria geminação. “Vou chamar-lhe de parceria para o afeto entre o interior e o periférico”, sintetizou José Cassandra. O afeto também foi referido por Vítor Pereira, que quer que a ligação a África se faça nesta linha, sem esquecer o “potencial económico que existe na Ilha do Príncipe” ou a localização privilegiada, próxima da zona central do continente, com acesso a um mercado com 300 milhões de habitantes. “O que temos de fazer é ajudar a potenciar que as atividades se desenvolvam em benefício do arquipélago, mas também da nossa cidade e região”, salientou o presidente da Câmara da Covilhã, que anunciou para breve a visita de uma comitiva de empresários portugueses à Ilha do Príncipe, para avaliar as potencialidades económicas do local. A economia teve um pendor importante no périplo da comitiva da RAP, que assinou protocolos com o Parkurbis e a AECBP – Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor. Decorreu também um almoço com vários empresários do concelho, onde José Cassandra deu conta das possibilidades de cooperação e das qualidades da Ilha que podem ser alvo de investimento. |
Palavras-chave/Tags:
GeoURBI:
|