A estudante da Universidade da Beira Interior (UBI) Catarina Macena foi uma das 15 selecionadas para participar na edição deste ano da GLass: GameLab Summer School, que está a decorrer em Paris. Trata-se de um evento que pretende desenvolver um videojogo científico, que será criado com o apoio de especialistas em ciência, design de jogos, tecnologia e educação. No final, o produto que se espera inovador, será submetido ao veredicto de um júri.

Catarina Macena é uma das alunas do mestrado de Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais e soube do evento que começou a 8 de junho e termina a 31 julho, através do grupo do G3DLab.

No processo de candidatura teve de responder acerca “dos motivos que a levavam a querer participar ou que jogo gostaria de criar”, como explica. As mesmas exigências dirigidas aos poucos participantes de todo o mundo presentes na iniciativa. São apenas 15, uma dezena de estudantes da área de jogos a que se juntam cinco de ciências.

“A proposta do GLass é super interessante”, considera Catarina Macena, considerando o desafio de “criar um jogo interdisciplinar e científico em Paris, no prazo de dois meses”. Os dias são ocupados com “master classes”, “game jams”, workshops e estudos de caso com vários profissionais da área.

“Como tenho grande interesse por jogos educativos e pelo público infantil, tenho duas ideias que pretendo apresentar. A primeira é criar um jogo para crianças dentro do espectro do autismo, visando aprimorar a comunicação e socialização”, explica, apesar de ter entrado no evento “aberta às ideias dos outros participantes”. A segunda proposta “é um jogo para ensinar química básica também para crianças”.

Até final de julho, esta estudante brasileira da UBI estará então na capital francesa a propor novas ideias no âmbito dos videojogos e, depois, continuará a formação no âmbito do curso do 2.º Ciclo. De Paris, deixa “um agradecimento pelo apoio” aos elementos do G3DLab e ao GISP - Gabinete Internacionalização e Saídas Profissionais, “que foi essencial para a resolução da parte burocrática do estágio em França”.