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Alunos da Região Autónoma do Príncipe com apoios para estudar na UBI
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 17 de junho de 2015 · @@y8Xxv Universidade, Câmara da Covilhã e Região Autónoma do Príncipe (São Tomé e Príncipe) estabeleceram uma parceria que garante apoios no pagamento de propinas, alojamento e viagens aos estudantes daquela zona africana que venham estudar para a instituição de Ensino Superior. |
O acordo foi assinado na sequência da geminação da região africana com a Câmara da Covilhã. No final, a comitiva visitou a UBI |
21968 visitas A Universidade da Beira Interior (UBI) estabeleceu um protocolo com a Região Autónoma do Príncipe (RAP), que torna esta instituição de Ensino Superior um local privilegiado para a formação dos estudantes oriundos daquela ilha de São Tomé e Príncipe. O acordo inclui a autarquia, que se disponibiliza a atribuir um subsídio no montante da propina anual aos estudantes que tenham aproveitamento. Já a UBI comparticipará nas despesas inerentes ao alojamento nas suas residências e o Governo Regional do Príncipe compromete-se a pagar as viagens entre aquela ilha africana e a Covilhã. Trata-se do primeiro protocolo que as autoridades da ilha estabelecem com uma universidade portuguesa e foi rubricado na segunda-feira, dia 15, na sequência da geminação da RAP com a Câmara da Covilhã. “Hoje é um dia grande para a nossa região, com a assinatura deste protocolo”, classificou José Cassandra, presidente do Governo Regional do Príncipe, após ter oficializado a parceria com Vítor Pereira, presidente autarquia, e António Fidalgo, reitor da UBI, nas instalações desta instituição. O responsável salientou que a educação tem sido uma prioridade da sua governação, até porque 50 por cento dos cerca de 7.000 habitantes da região são estudantes e não existe ali qualquer universidade. “Este protocolo vai permitir aos nossos jovens estudantes continuarem os seus estudos e que no futuro serão de facto a alavanca para o desenvolvimento que nós pretendemos, um desenvolvimento sustentável”, disse ainda. Numa ilha que foi galardoada como título de reserva mundial da biosfera, o cuidado a ter com esse desenvolvimento é acrescido. Por isso, o Governo liderado por José Cassandra procura que a evolução seja “diferenciada”, sendo necessário criar “quadros que acompanhem todo esse processo”. Entre as necessidades identificadas como prioritárias estão o turismo, agricultura, pesca e as novas tecnologias de comunicação e informação. “São essas as áreas que nós definimos”, salienta José Cassandra, adiantando que pretende “discutir com a UBI qual é a disponibilidade para, paulatinamente, colocar os estudantes aqui na Universidade”. Universidade que José Cassandra teve oportunidade de conhecer melhor, através da visita que fez à reitoria, instalada no antigo Convento de Santo António, e onde foi assinado o protocolo, a Faculdade de Engenharia e o UBImedical. Antes da UBI e da Câmara da Covilhã, a RAP estabeleceu uma ligação com o concelho de Vila de Rei para receber estudantes do Príncipe em formação no Ensino Secundário. Esses alunos, podem agora seguir para o nível seguinte na Universidade da Beira Interior, entende o responsável africano. Ao virem, serão bem-vindos, na medida em que receber estudantes dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) tem sido uma estratégia da instituição, como lembra António Fidalgo. “Nós privilegiamos o espaço lusófono como local de proveniência de novos estudantes e, portanto, todos os contributos são importantes”, explica o reitor da UBI. “Sejam de São Tomé Príncipe, Angola ou do Brasil. Nós estamos muito interessados nestas parceiras e, neste caso, a câmara municipal disponibilizando-se a pagar as propinas, tanto melhor”, afirma o responsável da Universidade que conta atualmente com 126 alunos provenientes de países onde se fala oficialmente o português, distribuídos pelos três ciclos de estudos. De resto, nesta altura, estão abertas as candidaturas de acesso à UBI dirigidas aos PALOP, que encerrando no primeiro dia do próximo mês de julho. A Academia disponibiliza online informações sobre os processos de candidatura e lembra que “o Estado Português e a Fundação Gulbenkian têm disponíveis, neste momento, bolsas de estudo para atribuição no próximo ano letivo”. |
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