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Acidentes de trabalho em Portugal acima da média europeia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 3 de junho de 2015 · O Encerramento das Comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho 2015 decorreu na Covilhã, onde foi sublinhado que ainda há muito a fazer em Portugal, nesta matéria. |
A sessão teve lugar na UBI, depois de um mês de iniciativas promovidas pela ACT, por todo o País |
21972 visitas Até abril deste ano, os acidentes de trabalho já tiraram a vida a 32 pessoas em Portugal. No ano passado, 135 trabalhadores morreram também devido à sinistralidade laboral, de acordo com os números apresentados na Covilhã, na última semana. A Universidade da Beira Interior (UBI) foi o local escolhido para a Sessão de Encerramento das Comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho 2015, que durante um mês promoveu diversas iniciativas destinadas a sensibilizar e refletir sobre um problema que continua a causar grande preocupação em Portugal. Os valores foram avançados por Carlos Jorge Pereira, diretor de Serviços para a Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que promoveu a sessão na quinta-feira, dia 28. “Portugal é dos países com mais acidentes de trabalho”, alertou, sublinhando ainda que as estatísticas apontam para que a média nacional é superior à da União Europeia. Daí a importância de refletir sobre a temática, objetivo também estabelecido na sessão promovida na Covilhã, que foi o culminar de um mês de atividades – 28 de abril a 28 de maio – em que a ACT desenvolveu através dos seus serviços regionais e centrais, inúmeras ações de sensibilização nas escolas e nas empresas as quais alertaram os seus destinatários para a problemática dos acidentes de trabalho, tema escolhido pela Organização Internacional de Trabalho (OIT) para as comemorações do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Além desta reflexão, a ACT também está a trabalhar para a próxima estratégia nacional de segurança no trabalho. A última terminou em 2012 e Miguel Maduro Roxo, anunciou que está para breve a entrega ao Governo o novo desenho das políticas públicas de segurança no trabalho. “Estamos a fazer com os parceiros sociais, integrados na nossa orgânica interna, num conselho e portanto, dentro de muito pouco tempo, estará finalizada essa mesma proposta. Tivemos esse interregno, não é uma boa notícia, mas a boa notícia que estamos num ponto de fazer essa entrega. rados na nossa organixa interna, num consleho e portanto, dentro de muito pouco teé que estamos num ponto de fazer essa entrega”, explicou o subinspetor-geral da ACT. A escolha do concelho da Covilhã para o encerramento das comemorações foi justificada pela importância do concelho em termos industriais, em áreas sensíveis na ocorrência de acidentes de trabalho. “A Covilhã tem uma marca importante da indústria portuguesa, hoje já não tão relevante como foi no passado, da indústria dos lanifícios e também da atividade mineira, que está em crise, nas minas da panasqueira. Qualquer uma destas atividades produziram vítimas, como todos conhecem, e portanto essas matérias sempre estiveram muito presentes no quotidiano na cidade da Covilhã”, lembrou Manuel Maduro Roxo, que destacou ainda o papel da UBI, na formação de técnicos qualificados no âmbito da saúde e segurança do trabalho: “A UBI deu corpo a essa vontade e a esse desejo de formação e, durante bastante tempo, teve cursos especializados. Tudo isto justifica estarmos aqui presentes, porque tem significado e peso relativamente a esta matéria”. A sessão durou toda tarde e contou com a participação de António Fidalgo, reitor da UBI, José Luís Oliveira, em representação do presidente da Câmara da Covilhã. Foi apresentado o balanço das comemorações, debatida a Cultura de Segurança e apresentados casos de boas práticas nos serviços de segurança no trabalho. |
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