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Primeira edição da Academia Júnior de Ciência encerra com garantia de continuidade
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 3 de junho de 2015 · @@y8Xxv Terminou para os primeiros 21 participantes a Academia Júnior, e os responsáveis da Universidade da Beira Interior entendem que o projeto que pretende incentivar o estudo da matemática, física e química é uma iniciativa que merece ter continuidade. Os jovens “academistas” saíram satisfeitos e deram ideias para as próximas edições. |
A Academia Júnior de Ciência terminou na quarta-feira, dia 27. Na última sessão, os participantes receberam diplomas de participação |
21995 visitas A primeira edição da Academia Júnior de Ciência (AJC) está terminada, mas os resultados dão corpo à intenção dos responsáveis da Universidade da Beira Interior de a fazer regressar no próximo ano. Nesta experiência inicial foram selecionados 21 dos melhores estudantes de seis escolas secundárias da região, que elogiaram a iniciativa da Universidade da Beira Interior (UBI), destinada a incentivar o gosto pelas chamadas ciências “duras” e trabalho laboratorial, entre outros objetivos: mostrar como funciona uma universidade, através do convite a viver as instalações e ajudar a descobrir vocações. A experiência começou em dezembro e terminou na quarta-feira, 27 de maio. Fica assim cumprido um programa de 22 dias de sessões centradas nas áreas científicas que a UBI entende que devem ser promovidas junto dos alunos do Ensino Secundário porque, como disse António Fidalgo, reitor da UBI, na sessão de encerramento, “uma sociedade é tanto mais forte quando mais a Matemática e as Ciências sejam apreciadas”. E salientou: “É uma pena que haja tão poucos candidatos à Universidade nestas áreas”. O programa curricular da ACJ incluiu aulas mais teóricas, complementadas com palestras e trabalho laboratorial, nas áreas de Matemática, Física e Química. Os conteúdos centraram-se na interligação destas temáticas com a meteorologia, informática, biologia, engenharia e até economia, nesta vertente com a colaboração de um docente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). Os alunos tiveram ainda a oportunidade de visitar a exposição Explorística, que esteve patente no Museu de Lanifícios, e sair do espaço da UBI. Na visita que fizeram à Universidade de Salamanca e, via internet, com a interação com cientistas do CERN. O modelo foi elogiado pelos participantes, no último dia da AJC, onde também foram apresentadas as opiniões que manifestaram num inquérito escrito. “Se pudesse, depois disto, voltava a participar”, sintetizou um dos ‘academistas juniores’, Rui Barrau. Este estudante, presente na sessão onde estiveram o reitor da UBI; João Canavilhas, vice-reitor para o Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais; Luísa Amaral, presidente da Faculdade de Ciências; e Isabel Fael, diretora da Escola Secundária Campos Melo, entre outros, ouviu Manuel Saraiva ler uma síntese de alguns testemunhos escritos. O docente jubilado da UBI que coordenou a AJC, salientou que pelos testemunhos, “a aula laboratorial era a mais esperada”, a forma das sessões foi considerada “dinâmica e clara” e foi elogiada a “variedade de temas”. Quanto a sugestões, sugerem que as atividades mudem das quartas-feiras para as sextas. O gosto pessoal por uma determinada área de interesse motivava mais a participação, explicou ainda o coordenador. No entanto, se os estudantes chegaram à UBI com algumas preferências estabelecidas, também houve quem visse nas áreas exploradas uma possibilidade de prosseguir estudos. “Uma aluna chegou com a ideia de seguir para Medicina, mas acabou por mostrar algum interesse em estudar engenharia”, contou Manuel Saraiva, mudança corroborada pela estudante. A meta de incentivar o estudo por estas áreas foi então cumprido. E é bom que isso aconteça, defendeu António Fidalgo. “Os alunos da Academia têm o gosto pelas ciências e era justamente isso que nós queríamos. Em Portugal, muita gente foge das ciências duras, porque o resto é mais fácil. Mas sabemos que a vida não está para facilidades e é muito bom quando os jovens se agarram à Matemática e se agarram à Física e à Química”, salientou o reitor. A experiência da Academia Júnior “servirá para aplicar no Ano Zero, ainda que os alunos possam não ter notas tão altas”, acrescentou. O sucesso da iniciativa é justificado pelo trabalho de Manuel Saraiva, destacado por António Fidalgo e Luísa Amaral a que se junta o empenhamento dos recursos humanos da Faculdade de Ciências. O elogiado, passou a elogiador. Antes de mais sobre a ideia que “nasceu na Reitoria” e, depois, à “equipa de trabalho, presidentes dos departamentos de Matemática, Física e Química e os 41 docentes da Faculdade e não só, que colaboraram, sem contrapartidas, porque acham que a ideia é realmente uma brilhante ideia, com muita força”. “E funcionários, também, que muito contribuíram para que as coisas corressem como correram, que penso que foram bem”, acrescentou. A AJC é então para continuar, até para dar continuidade a um projeto que é bem visto pelas escolas secundárias, a julgar pelas palavras de Isabel Fael: “Quero marcar o aspeto da UBI de criar condições para que os nossos alunos pudessem aceder a um outro patamar, a um outro nível na área das ciências que, como todos sabemos, não só em Portugal, mas por essa Europa fora, está tao carenciada de vocações”. Nesta primeira edição participaram estudantes do 12.º ano da área científico-natural de escolas de Belmonte, Covilhã, Fundão e Gouveia. A seleção foi feita pelas escolas, entre os melhores alunos destas áreas de estudos. A sessão encerrou com a entrega de diplomas aos participantes. |
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