O início do evento ficou a cargo do escritor, que cantou algumas canções da sua autoria, acompanhadas à guitarra. Seguindo-se uma apresentação bio-bibliográfica e uma análise crítica literária à sua obra “52 poemas”, pela professora e também escritora, Rogélia Proença.

Alexandre Dale concorreu ao Prémio Literário “António Alçada Baptista/Cidade da Covilhã”, onde foi premiado com a Menção Honrosa pelo conto “Dois descarrilamentos e um olho de vidro”. Foi devido a esta participação que surgiu o convite para estar na Covilhã, neste café literário. O escritor considerou esta iniciativa “muito agradável” e declarou que “foi um momento ótimo” poder “fazer as pessoas rir e fazer as pessoas pensar”.

“Considero que é um autor digno de registo e de leitura e, portanto, foi com toda a justiça que foi menção honrosa deste prémio”, defendeu Rogélia Proença. Acrescentou ainda que se dedicou mais “à sua obra poética ‘52 poemas’ que traduzem dentro da sua alacridade, do seu humor, da sua nota existencialista”, “ a recondução do nosso olhar para aquilo que é a nossa essência enquanto ser humano” e a “capacidade de nos deslumbrarmos com o assombro das belezas da vida”.

Conhecido por ser um artista multifacetado, Alexandre Dale é escritor, poeta, cantor, compositor e músico. Em relação a estas artes diz que “têm todas valores diferentes”, mas todas lhe “dão prazer da mesma forma.” Para além disso, no futuro quer “editar discos, tê-los registados e fazer espetáculos com qualidade”. “Gostava que a minha arte me permitisse viver só dela, para que eu pudesse dedicar-lhe mais tempo. Ganhar dinheiro com a arte para poder fazer melhor arte”, explica.

No fim do café literário existiu um tempo de perguntas e interação com o público e Telma Madaleno, chefe da Divisão da Cultura, Juventude, Desporto e Educação da Câmara Municipal da Covilhã entregou a menção honrosa ao escritor. Este encerrou o evento da mesma forma que começou, cantando e tocando mais algumas das suas músicas.