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UBI recebe a II edição do “Comunicar Ciência”
Fábio Júnio Cunha · quarta, 27 de maio de 2015 · Continuado A Universidade da Beira Interior acolheu mais uma edição das jornadas “Comunicar Ciência” que procuraram refletir sobre os paradoxos e perspetivas da publicação académica atual. |
"Comunicar Ciência - Modelos de Publicação Emergentes" |
21976 visitas Nos dias 21 e 22 de maio decorreu na Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior a 2ª edição do “Comunicar Ciência” organizado pelo LabCom e pela docente Anabela Gradim, investigadora principal no âmbito do projeto Comunicar Ciência e Culturas de Publicação nas Humanidades. “Comunicar Ciência: Modelos de Publicação Emergentes” foi o título deste evento que teve como objetivo o debate de novos métodos de organização, de arquivo e de classificação de informação. Na qualidade de conferencistas convidados, o evento acolheu igualmente um amplo e diversificado conjunto de participações selecionadas e distribuídas, ao longo dos dois dias, por cinco sessões temáticas. No segundo dia de conferências, no painel 2 intitulado “Divulgações Científicas”, Carlos Alberto Carvalho da Universidade de Minas Gerais, no Brasil, analisou a faixa infanto-juvenil como público da ciência e a ciência que lhes é proposta. “A ciência não é um conceito tranquilo, ela tem compromissos sociais”. Na sua essência foi necessário “desmistificar a ideia de ciência como uma prática neutra”. Comunicação de Ciência a públicos não especializados nomeadamente na literacia em saúde apresenta prós e contras. “O uso de boas competências de comunicação tem como fatores uma boa satisfação e uma melhoria do sofrimento psicológico do utente, a diminuição do tempo de internamento, a adopção de estilos de vida mais saudáveis e também uma maior regularidade na adesão terapêutica”, referiu Cristina Vaz de Almeida, mestre em Comunicação em e-learning e pós-graduada em Marketing. No painel 3 denominado “Jornalismo, novos media e comunicação de ciência” vários oradores expuseram os seus pareceres acerca desta realidade. Susana Simões Pereira explicou que há a necessidade de uma melhor comunicação da matemática na imprensa. “A matemática tem uma conotação social ou cultural muito negativa em Portugal”. Nos meios de comunicação, por serem indubitavelmente uma fonte de informação fundamental no nosso dia-a-dia, a matemática é pouco usada nas notícias. “Vivemos numa sociedade de conhecimento e quer a informação quer a ciência são pilares em que se baseia a nossa sociedade”. “Mais do que nunca é importante estudar o porquê e como a matemática é comunicada nas notícias”, expôs a oradora com referências bem fundamentadas. Para discutir o papel das tecnologias digitais no processo de coleta, análise de dados, divulgação e participação na pesquisa científica, Paulo Eduardo Cajazeira referiu que “houve uma alteração no modo de nos aproximarmos do nosso objeto de análise e também desse grupo de pessoas investigadas”. “Hoje com a tecnologia digital e também com as redes, conseguimos trabalhar com determinados grupos focais”, acrescentou. Integrado no Projeto Comunicar Ciência, financiado pela FCT e dinamizado por um conjunto de investigadores da Unidade de Investigação LabCom.IFP, o evento teve lugar no Anfiteatro 1 da Parada, do Pólo Principal da Universidade da Beira Interior. A sessão inaugural contou ainda com a presença de António Fidalgo, Reitor da UBI. |
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