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Sporting da Covilhã entre ser campeão e não subir de divisão
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 20 de maio de 2015 · Os “leões da Serra” são um dos cinco candidatos a subir à 1ª Liga e a decisão é já no domingo. As contas são complicadas e, por isso, há um objetivo elementar: vencer o Santa Clara. No fim-de-semana, na última partida em casa, o Farense foi derrotado por 1-0. |
O Santos Pinto encheu para ver os “leões da Serra” vencerem o Farense por 1-0 na despedida dos jogos em casa |
21972 visitas Campeão da 2ª Liga, promovido ou não subir ao principal campeonato de futebol. Um destes cenários será real para o Sporting da Covilhã no final da tarde do próximo domingo, dia 24. À entrada para a última jornada do campeonato, os “leões da Serra” são uma das três formações com os mesmos pontos e com aspirações a ficar num dos dois primeiros lugares. Mas a luta é a cinco. Tondela é o líder, com 80 pontos, ainda sem a promoção garantida. Depois, surgem Sporting da Covilhã, União da Madeira e Desportivo de Chaves, todos com 77 pontos e, por último, o Feirense com 75. Para os serranos, vencer na deslocação ao terreno do Santa-Clara é obrigatório e depois terá de fazer contas aos resultados dos restantes candidatos e, eventualmente, depender dos critérios de desempate. A síntese dos três cenários, cada um deles a resultar de uma complicada combinação de resultados das cinco equipas, foi sublinhada no último domingo pelo treinador dos serranos, Francisco Chaló. Após a vitória por 1-0 sobre o Farense, o técnico salientou que “o Covilhã pode ser campeão, pode ser segundo e pode não subir de divisão”, acrescentando: “Isto são contas. É a matemática que nos diz, portanto não vale a pena fazer outro tipo de levantamento de cenários nem nada. Temos esta ideia”. Poucos minutos antes, a sua equipa tinha conseguido uma marca estatística de relevo: 22 vitórias no campeonato, tornando-se a equipa da 2ª Liga com maior número de triunfos, até ao momento. “É um marco importante. Não é fácil qualquer equipa ter 22 vitórias. Fomos a primeira a fazê-lo e, portanto, isto denota bem aquilo que tem sido o nosso percurso”, afirmou. Falta então a 23ª vitória, a tal que pode garantir o objetivo da promoção que, admite Chaló, estava na mente do grupo de trabalho desde o primeiro dia. Depois da temporada passada, prevista como o “ano zero”, os “leões da Serra” estão jogar para algo que não tinha sido um objectivo nos últimos anos. Agora estão muito perto. “Estamos muito pertinho. Eu poderia proteger-me e dizer que estamos a fazer uma época fantástica. Volto a dizer que estamos a fazer uma época condizente com aquilo que nos propusemos. Falta efetivamente termos a sorte de subir”, defende o treinador leonino, que chama a atenção para o adversário difícil que terá pela frente no próximo domingo, às 16h00, 17h00 em Portugal Continental: “O Santa Clara foi uma das equipas que mais se reforçou em janeiro”. E no domingo, dia 17, naquele que foi o último jogo da época no Municipal Santos Pinto, o Sporting da Covilhã fez aquilo que lhe competia. Venceu o Farense por 1-0, golo marcado por Djikine, ao minuto 26, festejado de forma efusiva dentro e fora de campo. Desde o início que os serranos mostraram maior capacidade ofensiva, empurrando os algarvios para o seu meio campo. Nunca enjeitaram a oportunidade de fazer golo e foram muitos os remates de meia distância. Se nem todos levavam a pontaria certa, Erivelto pecou por excesso. Ao minuto três, o melhor marcador da equipa chutou à barra O Farense sentia muitas dificuldades em sair para o ataque, apesar dos esforços dos seus alas, cujas incursões ao meio terreno contrário eram facilmente anuladas. Ainda assim, com o jogo ainda a zero, Irobiso cabeceia com muito perigo e só não fez golo porque Taborda se opôs com uma grande defesa, antes de Tiago Moreira aliviar a bola. Após o reatamento da partida, foi Soares a evitar o empate em cima da linha de golo, após um remate de Diogo. Os serranos continuaram a dominar a partida e tiveram ainda a vantagem de jogar 12 minutos com mais um elemento, após a expulsão de Carlos. Não voltou a marcar mais e, por isso, o momento de festa mais exuberante nas bancadas de um Santos Pinto esgotado só se verificou quando o Tondela marcou o segundo golo frente ao Chaves. Uma derrota flaviense colocaria os serranos em melhor em posição para poder subir. Tal não aconteceu e agora resta fazer contas. Chaló tinha também não se esqueceu de agradecer o apoio dos adeptos, que no início da partida protagonizaram uma coreografia com cartolinas que pintou o Santos Pinto de verde. E para o que se vai passar dentro de campo e após os resultados, Chaló avisa, também os restantes candidatos: “As contas são muitas e diversificadas. Para todos”. |
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