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Projeto de Telepatologia reduz tempo de diagnóstico no CHCB
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 6 de maio de 2015 · O laboratório Patologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira está a trabalhar à distância com Instituto de Patologia e Imunologia Molecular, com ganhos no tempo de diagnóstico. |
Catarina Eloy e Rosa Tomé (à direita) |
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Melhorar a rapidez e eficácia dos diagnósticos realizados no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) é o objetivo da ligação que a unidade de saúde estabeleceu com o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP) da Universidade do Porto. O projeto de telepatologia contou com o apoio de uma empresa da área das novas tecnologias e permite que o tempo de espera de um diagnóstico seja reduzido para metade, com potenciais ganhos na hora do tratamento do doente.
Antes, as amostras retiradas para avaliação teriam que ser enviadas para análise, levantando dois problemas: logística e tempo de espera.
“A solução que estávamos a utilizar passava por enviar as amostras para o exterior para serem avaliadas e decidido o resultado. Isto demora tempo, para além de ter uma logística muito complexa, e criar dificuldade sob o ponto de vista de orientação clínica dos doentes. Isto porque até chegarem as informações, vamos estar com o assunto pendente”, explicou Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do CHCB, revelando que o projeto permite reduzir o tempo de obtenção de resultados de “16 para seis dias”.
Funcionando com dois técnicos, a valência hospitalar mantém permanente ligação com o IPATIMUP, “como se estivesse na sala ao lado”, salientou Catarina Eloy, anatomopatologista do IPATIMUP.
O processo é simples: “No CHCB, existem médicos de várias especialidades que recolhem amostras dos seus doentes para diagnóstico, sejam biopsias do estômago ou cutâneas. São entregues no mesmo dia no laboratório do CHCB, onde existe uma equipa de técnicos altamente especializados que vão fazer o processamento da amostra, com controlo à distancia por médicos patologistas que conseguem ver quem é que está a fazer o processamento, como é que está a fazer e em que condições. Depois é enviada por via digital para análise”.
O projeto, a funcionar no Hospital Pêro da Covilhã, uma das unidades do CHCB, contou com a colaboração da empresa ZMWay e é o único de telepatologia no País.
Tem ainda a vantagem de servir de apoio aos trabalhos que são desenvolvidos na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Rosa Tomé, técnica do laboratório, explica que graças a este procedimento está também a ser criada uma base de informação que pode ser “muito útil” para os projectos de investigação da UBI e do próprio Hospital.
“Até há dois anos, sempre que um aluno da UBI queria fazer o seu projecto de mestrado integrado, tínhamos que ir aos arquivos retirar o material, reproduzir as lâminas [das amostras] e fazer o processo todo para que o estudante pudesse realizar o seu trabalho. Neste momento, toda esta informação fica disponível e pode ser partilhada para por estudantes ou pelos nossos clínicos”, conclui.
Melhorar a rapidez e eficácia dos diagnósticos realizados no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) é o objetivo da ligação que a unidade de saúde estabeleceu com o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (IPATIMUP) da Universidade do Porto. O projeto de telepatologia contou com o apoio de uma empresa da área das novas tecnologias e permite que o tempo de espera de um diagnóstico seja reduzido para metade, com potenciais ganhos na hora do tratamento do doente. Antes, as amostras retiradas para avaliação teriam que ser enviadas para análise, levantando dois problemas: logística e tempo de espera. “A solução que estávamos a utilizar passava por enviar as amostras para o exterior para serem avaliadas e decidido o resultado. Isto demora tempo, para além de ter uma logística muito complexa, e criar dificuldade sob o ponto de vista de orientação clínica dos doentes. Isto porque até chegarem as informações, vamos estar com o assunto pendente”, explicou Miguel Castelo Branco, presidente do Conselho de Administração do CHCB, revelando que o projeto permite reduzir o tempo de obtenção de resultados de “16 para seis dias”. Funcionando com dois técnicos, a valência hospitalar mantém permanente ligação com o IPATIMUP, “como se estivesse na sala ao lado”, salientou Catarina Eloy, anatomopatologista do IPATIMUP. O processo é simples: “No CHCB, existem médicos de várias especialidades que recolhem amostras dos seus doentes para diagnóstico, sejam biopsias do estômago ou cutâneas. São entregues no mesmo dia no laboratório do CHCB, onde existe uma equipa de técnicos altamente especializados que vão fazer o processamento da amostra, com controlo à distancia por médicos patologistas que conseguem ver quem é que está a fazer o processamento, como é que está a fazer e em que condições. Depois é enviada por via digital para análise”. O projeto, a funcionar no Hospital Pêro da Covilhã, uma das unidades do CHCB, contou com a colaboração da empresa ZMWay e é o único de telepatologia no País. Tem ainda a vantagem de servir de apoio aos trabalhos que são desenvolvidos na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Rosa Tomé, técnica do laboratório, explica que graças a este procedimento está também a ser criada uma base de informação que pode ser “muito útil” para os projectos de investigação da UBI e do próprio Hospital. “Até há dois anos, sempre que um aluno da UBI queria fazer o seu projecto de mestrado integrado, tínhamos que ir aos arquivos retirar o material, reproduzir as lâminas [das amostras] e fazer o processo todo para que o estudante pudesse realizar o seu trabalho. Neste momento, toda esta informação fica disponível e pode ser partilhada para por estudantes ou pelos nossos clínicos”, conclui.
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