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A dança subtil das palavras na poesia de José Maria Ramada
Paulo Rodrigues · quarta, 29 de abril de 2015 · “Vagueando em sonhos”, a estreia poética de José Maria Ramada, foi o pretexto para a vinda do autor a mais um Café Literário |
Foto: Covilhã Município |
21952 visitas Decorreu, na passada segunda-feira, no Cacos Bar, mais uma sessão do Café Literário, uma iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã. A estreia poética de José Maria Ramada foi o mote para mais esta tertúlia. A apresentação do autor esteve a cargo do escritor covilhanense António José da Silva, que fez um resumo da obra literária e dos aspectos mais significativos da vida do autor. José Maria Ramada é natural de Medelo – Fafe, onde cresceu, até que o destino o levou, em 1981, a emigrar para a Suíça, para trabalhar na restauração como cozinheiro. Aí foi investindo na sua formação, frequentado cursos de chefe de cozinha e, posteriormente, de formador, actividades que ainda hoje desenvolve. “Sempre gostei de escrever, e, ao longo dos anos, fui acumulando alguns escritos, até que um dia surgiu o desafio, que era ao mesmo tempo um sonho escondido, de publicar um livro” afirmou o autor. Assim, em 2012, publica uma história infanto-juvenil, com o título “Flauta Partida”, que já vai na sua 5ª edição e que visou a angariação de fundos para um projecto humanitário a realizar em Moçambique. Este projecto, “Mãos dadas por Moçambique”, envolveu os escuteiros de Fafe e Vieira do Minho e levou mais de vinte escuteiros até Invinha – Moçambique para prestarem homenagem à missionária Irmã Flora de Assis e entregarem os contributos recolhidos durante o projecto. Desta experiência humanitária em Africa resultou o livro “A Viagem – O que os nossos olhos viram e os corações sentiram”, onde são retratadas as vivências do grupo de escuteiros que, durante 22 dias, conheceu e viveu a realidade de Invinha. Em maio de 2014, surgiu a oportunidade de reunir em livro mais de uma centena de poemas e que resultou na obra “Vagueando em sonhos”. Escrito de forma simples, natural, nem por isso deixa de estar repleto de sentimentos e estados de alma que o autor partilha com os leitores. Os poemas estão sempre carregados de um sentimento humanista, amoroso, cristão, de sensibilidade e sentido de servir o próximo. Durante a tertúlia, os escritores covilhanenses João Morgado e António José da Silva declamaram alguns poemas de José Maria Ramada, ao que se seguiu uma troca de palavras entre o público presente e o autor. Homem de desafios permanentes, lembra também nas suas obras este apelo ao desafio, ao sonho, “morro lentamente, quando não arrisco”. No final, Jorge Torrão, vereador da Câmara Municipal da Covilhã, agradeceu a passagem do autor pela cidade e deixou a “preocupação da Câmara prosseguir esta ideia dos Cafés Literários, que são uma forma de ganhar espaços e novas vozes para a Covilhã”. |
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