Os sete deputados eleitos pelos distritos de Castelo Branco e Guarda estiveram reunidos com o reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), António Fidalgo. No encontro da última segunda-feira, dia 21, o responsável máximo da instituição conversou com os sete representantes da Beira Interior na Assembleia da República em torno do financiamento do Ensino Superior, que está a prejudicar a academia sedeada na Covilhã.

Na reunião que foi avaliada por António Fidalgo como “bastante profícua, na medida em que ficaram sensibilizados para as necessidades da UBI em termos de financiamento”, os deputados ouviam os números que preocupam os responsáveis da Universidade. 

Os sucessivos cortes no Ensino Superior têm afetado particularmente a UBI, uma vez que a fórmula de financiamento se baseia no histórico das instituições e a UBI, em contraciclo com a maioria das suas congéneres, tem continuado a crescer em número de alunos. Comparados os anos 2005 e 2014, a diferença da verba transferida é de apenas um milhão de euros, tendo entretanto aumentado os encargos com a segurança social em cerca de cinco milhões de euros. “Situação que dificulta grandemente a gestão da UBI”, sublinha o reitor.

A articulação entre as unidades de saúde e as instituições de Ensino Superior da região, foi outro tema abordado com os deputados de Castelo Branco, Fernando Serrasqueiro (PS), Hortense Martins (PS) e Carlos São Martinho (PSD e da Guarda marcaram Paulo Campos (PS), Ângela Guerra (PSD) e João Prata (PSD).

O assunto está na ordem dia desde que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou para breve o Grupo Hospitalar da Beira Interior, apostando na colaboração estreita entre as unidades de saúde da região, e aproveitando a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, “que tem que servir estes três hospitais”, explicou na altura o ministro.