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Mundo em mudança nas Jornadas de Ciência Política e Relações Internacionais
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 15 de abril de 2015 · @@y8Xxv Começaram ontem e terminam quinta-feira, 16, as jornadas onde estão a ser debatidos temas como corrupção, crise, ou o autoproclamado estado islâmico. Uma oportunidade para entender como acontecimentos distantes se podem cruzar com os problemas do País |
As Jornadas arrancaram na terça-feira |
22047 visitas A designação “O Mundo em Mudança” dá o mote às II Jornadas de Ciência Política e Relações Internacionais que, ao longo desta semana, vão tratar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas alguns temas que o planeta observa com atenção e preocupação. Corrupção, políticas e crise económica europeias, estado islâmico, retórica e oratória são abordados até quinta-feira, dia 16, num evento promovido pelo Núcleo de Estudantes de CPRI-UBI. António Horta Fernandes, da Universidade Nova de Lisboa, José Amaral, António Bento (ambos da UBI) e Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão, são os intervenientes das conferências de quarta e quinta-feira, sendo que a manhã de hoje é destinada a uma Sessão de Simulação da Assembleia da República. “Os objetivos da iniciativa são o aprofundamento da dinâmica pedagógica junto dos alunos de Ciência Política e Relações Internacionais (CPRI)”, explica Guilherme Carriço, vice-presidente do Núcleo, destacando o cartaz variado, com três dias de conferências e um workshop Retórica e Oratória. Numa altura em que o mundo está em mudança, como anuncia a segunda edição das Jornadas, abordar as relações que se estabelecem entre as políticas nacionais e internacionais é fundamental para entender muito do que se passa a nível nacional, mas também em termos globais. Porque as questões já não são um problema de apenas um país. “O que de facto se está a passar é que nós estamos a aperceber-nos de uma ligação muito directa entre fenómenos nacionais, crises que têm que ver com uma crise económica, articulam-se com a dimensão mais violenta das guerras e dos conflitos que nos entram pela casa dentro às 8h00 da noite”, salienta Guilherme Pedro, vice-diretor da licenciatura de CPRI. Situações que à partida poderiam pensar-se como distantes do ponto de vista espacial, por isso, pareciam fora do mira dos cidadãos, mais preocupados com a política nacional. “Interessa termos uma capacidade de pensar estes fenómenos em concreto. A questão da Ucrânia, o autodenominado estado islâmico, um potencial recrudescimento da potência russa”, são realidades a merecer análise no quadro internacional, sem esquecer o que se passa na União Europeia. “Sabemos que o primeiro-ministro grego esteve reunido com o presidente russo. O que é que isso significou? Se calhar foi apenas um bluff e serviu apenas para assustar Angela Merkel e François Hollande e nem representa qualquer ameaça. Mas não sabemos”, exemplifica Guilherme Pedro, salientando que, hoje, importa reflectir de forma integrada de como é que questões que à partida estariam em certas regiões, que as pessoas se podiam sentir desresponsabilizadas, estão ligadas, conclui o docente. |
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