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UBIMedical mostra potencial a alunos, docentes e investigadores
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 15 de abril de 2015 · @@y8Xxv Criar interação entre empresas e laboratórios e, desta forma, transferir conhecimento para o mercado é um dos objetivos da infra-estrutura que foi dada a conhecer na quinta-feira, dia 9. |
O reitor da UBI teve oportunidade de conhecer os laboratórios dos UBIMedical |
21952 visitas A empresa Labfit foi a primeira a funcionar no novo edifício, há mais duas a estabelecer-se e outras estão em negociações. O UBIMedical entra agora na fase de ganhar vida, ou seja, ter o espaço preenchido de atividades de investigação e incubação de novos negócios ligados à área da saúde. O edifício abriu as portas à comunidade e foi apresentado na quinta-feira, dia 9, no designado UBIMedical Open Day, a alunos, docentes e investigadores, que ouviram António Fidalgo, reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), falar de um desafio que se coloca à instituição: dinamizar um centro que é único na Beira Interior, que tem o potencial de criar inovação e transferi-la para o mercado. O que os visitantes viram é já conhecido: dois mil metros quadrados de um edifício de dois pisos, um destinado aos laboratórios – já equipados e financiados pelo Mais Centro –, e salas para receberem projetos empresariais, tendencialmente em fase inicial. A primeira empresa a instalar-se definitivamente é simbólica no UBIMedical. A Labfit nasceu de empreendedores ligados à UBI e cresceu até o espaço onde estava instalada “já não ser suficiente para as necessidades”, refere uma das administradoras, Ana Palmeira. Num local maior, a unidade incubada na UBI e que tem atualmente seis colaboradores, melhorará a sua “organização, que é fundamental para a certificação que já tem e para se habilitar a outras”, salienta a responsável, que acredita poder agora ter maior interacção com os cliente e melhorar, assim a imagem da Labfit.
INTERAÇÃO ENTRE LABORATÓRIOS E EMPRESAS Uma das grandes vantagens do UBIMedical está também presente no discurso de Ana Palmeira: a interacção com outros investigadores e empresas da infraestrutura. A responsável da spin off já identificou a possibilidade de trabalhar em conjunto com outros grupos: “Há interesse na área da toxicologia e poderá haver a ligação num futuro próximo”. Em fase de instalação, a UpHill “quer afirmar-se enquanto referência do UBIMedical no que concerne o desenvolvimento de software em educação médica e de apoio aos sistemas de saúde”, explica o ainda estudante de Medicina Duarte Sequeira, co-fundador da empresa, juntamente com os estudantes André Fernandes, Eduardo Rodrigues e Luís Patrão. A decisão de avançar para a criação da empresa foi independente da existência do UBIMedical, apesar de Duarte Sequeira reconhecer as “vantagens logísticas de se estar associado a uma incubadora”. A existência de um cluster na área da “saúde favorece a criação de sinergias com outras empresas que partilhem o âmbito e que tenham core business tangentes à UpHill”.
ABRIR AS PORTAS DA UNIVERSIDADE Toda esta interacção que parece estar na mente de quem se instala no UBIMedical ficou bem expresso na sessão de abertura do Open Day. Por um lado, como se depreende das palavras de António Fidalgo, com a comunidade exterior à UBI. “O UBIMedical deve ser uma porta de entrada para a Universidade e atrair mais pessoas. Só uma universidade cheia de gente e dinâmica pode criar bom ambiente universitário, bom ensino e investigação, que constituem a nossa missão”, afirmou o responsável sobre a estrutura que, “através do empreendedorismo, pode garantir sustentabilidade e emprego qualificado, que traga pessoas para a região”. O termo empreendedorismo teve continuidade no discurso de Mário Raposo. O tema é caro ao vice-reitor para Área Financeira e Projetos, que colocou o UBIMedical como uma estrutura que dá forma a um novo conceito das instituições de Ensino Superior: a universidade empreendedora. “Já não é só a transferência de conhecimento. A própria universidade tem de ser empreendedora e, dentro dela própria, conseguir criar oportunidades, uma envolvente que estimule toda a sua comunidade, que se traduza no desenvolvimento de ideias empreendedoras que possam gerar riqueza para o mercado. E de facto Portugal precisa disto como de pão para a boca”, disse. É isso que a UBI tenta fazer, acrescenta, “desde a década de 1990, num processo que levou à introdução, no ano 2000, de cadeiras ligadas ao empreendedorismo nos seus cursos”, naquilo que é a chamada capacitação: “Conseguir introduzir nos alunos e investigadores capacidade de desenvolver ideias empreendedoras”. E, neste campo, Mário Raposo lembrou alguns projectos a decorrer neste âmbito, como o Scient, e ICT, entre outras iniciativas como o CEBT Ibérico - Competências Empreendedoras de Base Tecnológica. Com o UBIMedical, a UBI quer acelerar a apoiar a transferência de conhecimento para o mercado. A criação do edifício é só o culminar de uma evolução com vários anos. "Como vêm, a Universidade não só teve a estratégia de criar a estrutura física como projectos de capacitação para depois as pessoas conseguirem levar a cabo os projectos e faze-los crescer até à internacionalização”, concluiu Mário Raposo. |
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