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Etnocine mostra cultura tradicional na UBI e Belmonte
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 8 de abril de 2015 · @@y8Xxv O certame é organizado pela Câmara de Belmonte em parceria com a UBI e reúne, até sábado, um conjunto de propostas que vão da exibição de documentários a conferências e workshops. |
O Festival divide-se pela vila de Belmonte e a UBI |
21997 visitas O Portugal mais tradicional em tela. Esta é uma das vertentes do Etnocine, festival de cinema etnográfico que esta semana une a Universidade da Beira Interior (UBI) ao concelho de Belmonte, com passagem pela Galiza. Até ao próximo sábado, dia 11, o programa do certame junta exibições de documentários, workshops e conferências, sempre com a temática da cultura menos urbana no alinhamento. O Etnocine começou ontem, terça-feira, e tem como objetivo “mostrar a ruralidade, as tradições, o Portugal que não aparece tanto no cinema ou nas telenovelas, que é menos filmado, mas que é o Portugal a sério”. A afirmação é de Ana Catarina Pereira, docente que integra na UBI a organização do certame, juntamente com Fernando Cabral. O evento nasceu de uma ideia de Daniel Nave, artista natural de Belmonte, que pretendia organizar uma mostra sobre esta temática no seu município e que conseguiu o apoio da autarquia local, que depois chamou a colaboração da UBI. Nasceu assim um programa que arrancou com o primeiro workshop em Belmonte e sessões de cinema na UBI. O encerramento é sábado, naquele município da Cova da Beira, depois de cinco dias onde podem ser vistos documentários como a “A Mãe o Mar”, de Gonçalo Tocha, sobre as últimas pescadeiras de Vila Chã. Trabalho de um autor que Ana Catarina Pereira destaca pela forma como filma “o mar e as pessoas, tratados de uma maneira muito bonita e respeitosa”. Outro momento de um festival preparado para “agradar a vários públicos”, segundo a docente, é “Alentejo Alentejo”, de Sérgio Trefaut. Um filme sobre uma região que recentemente viu uma das suas grandes tradições – o cante alentejano – ser considerado Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO. A Galiza cruza a fronteira para vir à região mostrar o seu cinema e a sua cultura mais tradicional. “Pelo facto da Galiza ser convidada, trouxe uma série de filmes interessantes, porque há afinidade muito grande com Portugal, não só em termos linguísticos, mas de hábitos culturais”, salienta Ana Catarina Pereira. Além das películas, Sande Garcia dá uma conferência sobre o novo cinema galego. Aproximar e mostrar a culturas, os propósitos do Festival a que a UBI se associou, é complementado com a mais-valia formativa. “Os alunos pedem cada vez mais formação em documentário. Já têm alguma e querem mais. Por outro lado, os nossos filmes mais premiados e que têm estado em mais festivais começam a ser documentários. E por isso é natural que queiram ver e fazer coisas no âmbito deste género”, conclui Ana Catarina Pereira. |
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