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Cinema da UBI em exibição no Teatro Municipal
Vânia Marques · quarta, 1 de abril de 2015 · @@y8Xxv Um documentário e duas curtas-metragens foram exibidas, no Teatro Municipal da Covilhã, no âmbito do 19º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior. No dia 26 de Março, a peça de teatro programada foi substituída por um retrato das fábricas têxteis da Covilhã e pequenos filmes de comédia e drama. |
22007 visitas “Da Meia-Noite Pro’Dia”, “Síncope” e “Azeitona” foram os grandes protagonistas na noite de 26 de Março no Teatro Municipal da Covilhã. O documentário e as duas curtas metragens produzidas por alunos da UBI marcaram uma noite diferente, no 19º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior. Na antepenúltima noite do festival de teatro, cabia ao Grupo de Teatro “Rir de Nós” subir ao palco com a peça “Lar Cont(r)atempos”. O conjunto lisboeta não pode marcar presença na Covilhã e a organização decidiu abrir as cortinas do palco para a exibição de filmes de jovens realizadores formados na UBI. A sessão arrancou com o documentário “Da Meia-Noite Pro’Dia”, realizado por Vanessa Duarte, e que apresentou muitas memórias, individuais e coletivas, de antigos trabalhadores fabris da Covilhã. As filmagens exibem os espaços abandonados e danificados das fábricas, onde muitos operários passaram grande parte das suas vidas, deixando muitas lembranças, que são partilhadas no documentário. A curta-metragem “Síncope”, de Ricardo Madeira, foi exibida de seguida. O filme conta a história de vida de um homem solitário, Alberto, que possui uma mentalidade complicada. A curta centra-se na crise de identidade do personagem principal e no poder e força que as palavras têm. Durante 25 minutos o espectador vê Alberto passar pelos dias sem rumo certo. A sessão de cinema que substituiu o teatro encerrou com a curta “Azeitona”, uma comédia realizada por quatro estudantes do mestrado em Cinema da UBI, em 2008. O filme retrata a chegada de Olívia à Covilhã, uma estudante de cinema que se envolve com o seu professor de Filmologia, sem saber que era aluna dele. A comédia desenvolve-se entre várias peripécias, como a visita inesperada da sua mãe, o convívio com os fregueses da tasca do seu senhorio e a tentativa de fazer o seu trabalho final, como cineasta. A escolha dos filmes que foram exibidos no teatro ficou a cargo de Ana Catarina Pereira, docente de Cinema e responsável pela divulgação dos Filmes UBI. A professora considerou importante “selecionar três filmes curtos que tivessem a Covilhã como pano de fundo”. Ana Catarina explica que “o documentário é uma justa homenagem aos antigos operários do sector têxtil, que é a identidade da Covilhã”, e que foi nesse sentido que o escolheu para esta mostra. Já em relação às curtas-metragens, o principal critério foi a qualidade de cada um dos trabalhos, mas também a diferença entre eles, uma vez que o objetivo foi “mostrar que não existe um estilo fixo”, realça Ana Catarina. Durante uma noite o teatro acabou por dar lugar ao cinema e em vez de atores no palco, foi na tela que estes marcaram presença, através de três trabalhos realizados por alunos de cinema da Universidade da Beira Interior. |
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