A criação de estratégias de aprendizagem que tornem os alunos mais autónomos, responsáveis e bem-sucedidos na aquisição de vocabulário de Língua Portuguesa foi um dos objetivos da tese de doutoramento defendida na Universidade da Beira Interior (UBI), por Ana Rita Carrilho. Intitulada “Aprendizagem Estratégica de Vocabulário em Português Língua Segunda e Português Língua Estrangeira”, defendeu formas dos estudantes estrangeiros adquiram e compreendam melhor a informação na sala de aula.

O estudo da docente do Departamento de Letras da Faculdade de Artes e Letras (DL-FAL) da UBI analisou na investigação estratégias de ensino e de aprendizagem que se conjuguem no espaço da sala de aula, “proporcionando condições para que os alunos desenvolvam, por si próprios, um comportamento estratégico de aprendizagem”, segundo refere, acrescentando que se pretende “que os alunos as reconheçam como poderosos mecanismos de autorregulação, capazes de facilitar a compreensão, o armazenamento e a recuperação de toda a informação alvo de aprendizagem e, neste caso concreto, de vocabulário”.

A tese foi orientada por Paulo Osório, presidente do DL-FAL, e apresenta o resultado de um estudo realizado em dois contextos de aprendizagem de língua portuguesa ao nível da iniciação. São eles Português Língua Estrangeira, num curso intensivo de língua ministrado na Politechnika Białostocka (Universidade Técnica de Białystok - Polónia) e Português Língua Segunda, num curso intensivo de língua que teve lugar na UBI.

A professora e investigadora pretendia aferir – e ficou comprovado – se o ensino explícito de estratégias era bem recebido pelos alunos e em que medida estes se encontravam abertos a levar a cabo uma aprendizagem estratégica de vocabulário, refletindo-se ainda sobre as diferenças e os pontos de contacto no desenvolvimento de um comportamento estratégico nos dois contextos alvo de investigação.

A tese “Aprendizagem Estratégica de Vocabulário em Português Língua Segunda e Português Língua Estrangeira” foi defendida a 10 de fevereiro e teve como júri Maria Castro Pinto (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), Carlos Mafra Ceia (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), Paulo Osório, Graça Sardinha, Carla Luís, os três docentes da UBI.