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Minas da Panasqueira enfrentam dificuldades
Urbi · quarta, 25 de mar?o de 2015 · O preço do tungsténio no mercado internacional é um dos motivos que levam a empresa a ponderar decisões difíceis para os mais de 300 trabalhadores das Minas da Panasqueira. Câmara da Covilhã e Governo estão atentos à situação. |
A produção das Minas já baixou 40 toneladas por mês |
22068 visitas A baixa cotação do tungsténio nos mercados internacionais está a causar preocupação na zona das Minas da Panasqueira. A empresa que explora o complexo no concelho da Covilhã e que emprega mais de 300 pessoas admite ter de tomar decisões que podem passar pela interrupção da produção. A hipótese foi transmitida a uma comitiva da Câmara da Covilhã que, na última semana, reuniu com os responsáveis da Sojitz Beralt Tin and Wolfram Portugal para avaliar a situação. A par dos preços do mercado, há ainda o problema da redução do teor do minério extraído, fruto das condições geológicas da exploração. De acordo com a autarquia, estas situações “colocam em sério risco a viabilidade e continuidade, no curto prazo, da exploração mineira na Mina da Panasqueira colocando em risco as centenas de postos de trabalho diretos e muitos outros indiretos que atualmente dependem da Mina da Panasqueira”. No encontro com a administração da empresa estiveram Carlos Martins, vice-presidente e, atualmente, presidente em exercício da autarquia, o Adjunto do presidente da Câmara, Hélio Fazendeiro, e os presidentes das juntas de freguesias de São Jorge da Beira, José Branco, e Aldeia de São Francisco de Assis, Joana Campos. A Câmara da Covilhã “manifestou de imediato toda a disponibilidade para desenvolver os esforços necessários para ajudar a empresa e contribuir para a construção duma solução que assegure que o pior cenário não se concretize”, anunciou mais tarde em comunicado. Enviou ainda um pedido de audiência, com caráter de urgência, ao Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ministro da Economia, António Pires de Lima, e ao ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva. “Pretendemos que esteja também a administração da Sojitz Beralt Tin & Wolfram Portugal, onde iremos abordar este assunto para, juntamente com o Governo de Portugal, a Câmara da Covilhã e a administração da empresa, unir esforços para encontrar uma solução que viabilize a empresa e garanta a continuidade da exploração e a salvaguarda dos postos de trabalho”, salienta a edilidade. Da parte do Governo, existe para já o acompanhamento da situação. Paulo Lemos esteve no sábado, dia 21, no Fundão, onde à margem de uma cerimónia de inaugurações de estruturas ligadas ao turismo afirmou que o executivo governamental quer perceber as dificuldades e garantiu que o objetivo é que o investimento continue. “As minas da Panasqueira são um investimento muito importante no nosso País, há um conjunto grande de postos de trabalho que dependem dessas minas e tudo se fará para que esse investimento continue”, disse o secretário de Estado do Ambiente, em declarações reproduzidas pelo Negócios Online. Manifestou ainda a vontade de reunir rapidamente com a Sojitz Beralt Tin, em articulação com a Secretaria de Estado da Energia.
REDUÇÃO VAI EM 40 TONELADAS MENSAIS A Sojitz Beralt Tin & Wolfram – Portugal emprega 339 pessoas maioritariamente provenientes dos concelhos da Covilhã e Fundão e Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra. De acordo com números avançados pela empresa, está a produzir 80 toneladas de minério por mês, menos 40 que as 120 mensais de média anteriores à tomada de decisão para fazer face aos problemas. De acordo com valores avançados pela autarquia da Covilhã, a empresa representou, em 2013, mais de 20 milhões de euros de volume de exportação, colocando-se como uma das maiores empresas exportadoras da região. |
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