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Lançamento do novo Livro de Ana Virtudes na UBI
Francisco Silva · quarta, 18 de mar?o de 2015 · @@y8Xxv A Faculdade de Engenharia recebeu a apresentação do Livro "Urbanística moderna em Portugal (1834-1948): Santarém Um caso Exemplar". Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, o auditório encheu-se de convidados para dar as boas vindas ao trabalho mais recente da Professora Ana Virtudes. |
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Lançamento do novo Livro de Ana Virtudes na UBI
A Faculdade de Engenharia recebeu a apresentção do Livro "Urbanística moderna em Portugal (1834-1948): Santarém Um caso Exemplar". Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, o auditório encheu-se de convidados para dar as boas vindas ao trabalho mais recente da Professora Ana Virtudes.
A obra da autoria da docente da UBI Ana Lídia Virtudes, editada pela Nota de Rodapé Edições, com sede em Paris, foi apresentada no dia 12 de Março pelo Professor Vitor Cavaleiro. "Este livro fornece-nos uma visão da génese da estrutura urbana e as suas principais transformações a partir da década de 1920 em Portugal", referiu o Professor na abertura do evento, deixando largos elogios à autora da obra e salientando o seu sentido de dever, o tempo dedicado à observação direta dos fenómenos e aos documentos registados, que permitem uma melhor compreensão geral da obra.
O livro "Urbanística moderna em Portugal " aborda questões como o que distingue a evolução da cidade de Santarém de outras, como se processaram essas transformações, e quando é que as infra-estruturas se instalam.
Santarém, uma pequena cidade situada a 80 km a norte de Lisboa, caracterizava-se no século XIX por uma estrutura urbana polinuclear que consistia na parte alta da cidade assente no planalto, a “Vila alta”, o novo centro urbano, e também pelos dois núcleos urbanos da “Ribeira” e de “Alfange”, na parte baixa da cidade, na margem direita doTejo, a “Vila baixa”. Passou por vários acontecimentos, nomeadamente invasões (1810), catástrofes naturais e guerras (1830). "Até 1910 sentimos uma cidade emergente, que procurava extrair os interesses da população para saber quais as alterações urbanísticas mais importantes a realizar", acrescentou Vitor Cavaleiro, referindo-se ao cariz de bairro popular que a cidade possuía na altura.
Os processos urbanísticos que assinalaram a transição para a cidade moderna não foram exclusivos das cidades europeias mais proeminentes, populosas ou integradas nos países pioneiros da Revolução Industrial e estenderam-se às cidades portuguesas, nas quais o caso de Santarém não é excepção. Ora, “foi também sob os impulsos, as forças e os interesses de uma sociedade inspirada no movimento cultural republicano que se operaram tais transformações na cidade”.
As transformações urbanísticas em Santarém resultantes da construção da ferrovia são um fator decisivo na formação de uma estrutura espacial na cidade, que irá responder claramente ao modelo centro-periferia característico da cidade moderna. Por outro lado, determinam a evolução urbana de uma parte concreta da cidade, a Vila alta como centro urbano, paralelamente à “periferização” dos espaços urbanos da Vila baixa junto ao Tejo.
O livro esteve disponível pelo valor de 10 euros, autografado pela autora, e alguns convidados aproveitaram a ocasião para tirar fotografias com Ana Virtudes.
http://notaderodapeedicoe.wix.com/notaderodape#!autores/co8l
A obra da autoria da docente da UBI Ana Lídia Virtudes, editada pela Nota de Rodapé Edições, com sede em Paris, foi apresentada no dia 12 de Março pelo Professor Vitor Cavaleiro. "Este livro fornece-nos uma visão da génese da estrutura urbana e as suas principais transformações a partir da década de 1920 em Portugal", referiu o Professor na abertura do evento, deixando largos elogios à autora da obra e salientando o seu sentido de dever, o tempo dedicado à observação direta dos fenómenos e aos documentos registados, que permitem uma melhor compreensão geral da obra. O livro "Urbanística moderna em Portugal " aborda questões como o que distingue a evolução da cidade de Santarém de outras, como se processaram essas transformações, e quando é que as infra-estruturas se instalam. Santarém, uma pequena cidade situada a 80 km a norte de Lisboa, caracterizava-se no século XIX por uma estrutura urbana polinuclear que consistia na parte alta da cidade assente no planalto, a “Vila alta”, o novo centro urbano, e também pelos dois núcleos urbanos da “Ribeira” e de “Alfange”, na parte baixa da cidade, na margem direita doTejo, a “Vila baixa”. Passou por vários acontecimentos, nomeadamente invasões (1810), catástrofes naturais e guerras (1830). "Até 1910 sentimos uma cidade emergente, que procurava extrair os interesses da população para saber quais as alterações urbanísticas mais importantes a realizar", acrescentou Vitor Cavaleiro, referindo-se ao cariz de bairro popular que a cidade possuía na altura. Os processos urbanísticos que assinalaram a transição para a cidade moderna não foram exclusivos das cidades europeias mais proeminentes, populosas ou integradas nos países pioneiros da Revolução Industrial e estenderam-se às cidades portuguesas, nas quais o caso de Santarém não é excepção. Ora, “foi também sob os impulsos, as forças e os interesses de uma sociedade inspirada no movimento cultural republicano que se operaram tais transformações na cidade”. As transformações urbanísticas em Santarém resultantes da construção da ferrovia são um fator decisivo na formação de uma estrutura espacial na cidade, que irá responder claramente ao modelo centro-periferia característico da cidade moderna. Por outro lado, determinam a evolução urbana de uma parte concreta da cidade, a Vila alta como centro urbano, paralelamente à “periferização” dos espaços urbanos da Vila baixa junto ao Tejo. O livro esteve disponível pelo valor de 10 euros, autografado pela autora, e alguns convidados aproveitaram a ocasião para tirar fotografias com Ana Virtudes.
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