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Clássicos da Literatura Infantil analisados na Escola Pêro da Covilhã
Francisco Silva · quarta, 18 de mar?o de 2015 · O Auditório do Agrupamento Pêro da Covilhã recebeu uma tertúlia de clássicos infantis para relembrar as obras literárias mais marcantes dirigidas aos pequenos leitores. Com o apoio da Santa Casa da Misericórdia e da Câmara Municipal da Covilhã, o evento chamou a atenção para a importância de ler para pensar melhor o mundo, transmitir valores e adquirir pensamento crítico. |
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“Devemos levar às nossas crianças apenas os clássicos ou devemos abrir às novas perspetivas? De facto, a verdadeira literatura para crianças acaba por ser aquela de que as crianças gostam e contribui para o pensamento crítico, para o desenvolvimento de relações sociais, para a autoestima, o desenvolvimento de vocabulário…”. Foi desta forma que Graça Sardinha (Continuado I), docente da UBI, abriu o evento “Tertúlias literárias: os clássicos da Literatura Infantil”. Juntamente com a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e em parceria com o Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, os organizadores pretendem com este evento que toda a comunidade escolar, pais, mães, encarregados de educação e cidadãos em geral, encontrem um espaço de reflexão, partilha e debate sobre a temática da Literatura Infantil, mobilizando os destinatários das conferências a novos pensamentos e comportamentos.
"Na sociedade actual, se não há leitores, não conseguirão exercer o seu direito de cidadania. Temos um déficit cultural, já desde a década de 90, e é necessário investir na educação para que se crie uma literacia crítica", refere a docente, acrescentando que “a literatura se está ao serviço da sociedade, tem o poder de a ajudar", pelo que “a existência de mais projectos culturais é de grande importância”.
O evento realizou-se no dia 19 de Março pelas 21h00, e com o Auditório cheio, o primeiro livro abordado enquanto clássico da literarura Infantil foi "O Principezinho" por (Continuado II) Fernando José Fraga Azevedo. "Podemos definir clássicos como textos que nos interrogam, que conhecemos sem ter lido e que acabam por fazer parte do nosso património cultural, e "O Principezinho" é um exemplo disso mesmo. Uma das suas características são as várias escolhas e interpretações possíveis dos acontecimentos que se vão desenrolando ao longo da história, e educa literariamente a criança pela escrita cativante e por permitir a liberdade de pensar", sublinhou o professor.
Seguindo a linha desse pensamento, os livros da "Anita" foram avaliados por oferecerem uma visão estereotipada da Mulher. “Enquanto leitor temos o papel fundamental de mediador, isto é, para além de trabalhar o texto, devemos extrair o seu conteúdo mais importante". A ideia de que "A Anita é uma criança que só está presente nos serviços domésticos, que limpa, arruma e cozinha está errada. Devemos encarar a personagem principal como responsável, trabalhadora e corajosa porque também vive as suas aventuras comuns do dia-a-dia" alertou o Professor Fernando Azevedo .
Completamente oposta a este ponto de vista foi a análise de "O Capuchinho Vermelho", pois enaltece as personagens femininas. Corajosa e de espírito sagaz, o "Capuchinho" representa a Mulher como altruísta e com valores morais muito grandes.
No final do evento, alguns convidados foram questionados sobre a sua obra literária infantil favorita e a grande maioria respondeu "O Principezinho" pela sua história, ilustração e valores. "Acaba por ser um clássico Infantil mas ainda hoje, na idade adulta quando o leio, aprendo sempre alguma coisa nova", disse Ana Santos, funcionária da Santa Casa da Mesericórdia.
O Evento vai ter continuação dia 19 de Março, e no final da tertúlia, o Vareador da Cultura Jorge Torrão deixou largos elogios à Santa Casa da Mesericórdia da Covilhã, acrescentando “ votos de um trabalho social cada vez mais competente para ajudar as pessoas, seja através do apoio material, seja através da Literatura, ambos fatores fundamentais para o desenvolvimento cultural do nosso País”.
“Devemos levar às nossas crianças apenas os clássicos ou devemos abrir às novas perspetivas? De facto, a verdadeira literatura para crianças acaba por ser aquela de que as crianças gostam e contribui para o pensamento crítico, para o desenvolvimento de relações sociais, para a autoestima, o desenvolvimento de vocabulário…”. Foi desta forma que Graça Sardinha (Continuado I), docente da UBI, abriu o evento “Tertúlias literárias: os clássicos da Literatura Infantil”. Juntamente com a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e em parceria com o Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã, os organizadores pretendem com este evento que toda a comunidade escolar, pais, mães, encarregados de educação e cidadãos em geral, encontrem um espaço de reflexão, partilha e debate sobre a temática da Literatura Infantil, mobilizando os destinatários das conferências a novos pensamentos e comportamentos. "Na sociedade actual, se não há leitores, não conseguirão exercer o seu direito de cidadania. Temos um déficit cultural, já desde a década de 90, e é necessário investir na educação para que se crie uma literacia crítica", refere a docente, acrescentando que “a literatura se está ao serviço da sociedade, tem o poder de a ajudar", pelo que “a existência de mais projectos culturais é de grande importância”. O evento realizou-se no dia 19 de Março pelas 21h00, e com o Auditório cheio, o primeiro livro abordado enquanto clássico da literarura Infantil foi "O Principezinho" por (Continuado II) Fernando José Fraga Azevedo. "Podemos definir clássicos como textos que nos interrogam, que conhecemos sem ter lido e que acabam por fazer parte do nosso património cultural, e "O Principezinho" é um exemplo disso mesmo. Uma das suas características são as várias escolhas e interpretações possíveis dos acontecimentos que se vão desenrolando ao longo da história, e educa literariamente a criança pela escrita cativante e por permitir a liberdade de pensar", sublinhou o professor. Seguindo a linha desse pensamento, os livros da "Anita" foram avaliados por oferecerem uma visão estereotipada da Mulher. “Enquanto leitor temos o papel fundamental de mediador, isto é, para além de trabalhar o texto, devemos extrair o seu conteúdo mais importante". A ideia de que "A Anita é uma criança que só está presente nos serviços domésticos, que limpa, arruma e cozinha está errada. Devemos encarar a personagem principal como responsável, trabalhadora e corajosa porque também vive as suas aventuras comuns do dia-a-dia" alertou o Professor Fernando Azevedo . Completamente oposta a este ponto de vista foi a análise de "O Capuchinho Vermelho", pois enaltece as personagens femininas. Corajosa e de espírito sagaz, o "Capuchinho" representa a Mulher como altruísta e com valores morais muito grandes. No final do evento, alguns convidados foram questionados sobre a sua obra literária infantil favorita e a grande maioria respondeu "O Principezinho" pela sua história, ilustração e valores. "Acaba por ser um clássico Infantil mas ainda hoje, na idade adulta quando o leio, aprendo sempre alguma coisa nova", disse Ana Santos, funcionária da Santa Casa da Mesericórdia. O Evento vai ter continuação dia 19 de Março, e no final da tertúlia, o Vareador da Cultura Jorge Torrão deixou largos elogios à Santa Casa da Mesericórdia da Covilhã, acrescentando “ votos de um trabalho social cada vez mais competente para ajudar as pessoas, seja através do apoio material, seja através da Literatura, ambos fatores fundamentais para o desenvolvimento cultural do nosso País”.
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