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Luís Filipe Borges atua no Ciclo de Teatro Universitário
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 11 de mar?o de 2015 · Começa amanhã mais um certame de teatro universitário, que se prolonga até dia 28. Em estreia está uma companhia francesa e a peça que fez regressar ao palco o apresentador de televisão Luís Filipe Borges. |
Sérgio Novo (à esquerda) e Rui Pires durante a apresentação do Festival |
21989 visitas A Covilhã vai viver 17 dias dedicados ao teatro universitário. O 19º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, que começa amanhã, quinta-feira, dia 12, vai funcionar nos mesmos moldes dos anos anteriores, mas com algumas novidades. A conferência “Mais que um Mito, um olhar contemporâneo”, que terá lugar na Universidade da Beira Interior, dia 20, e a presença de uma companhia francesa, são duas delas. É a primeira vez que um grupo gaulês se apresenta no palco do certame organizado pelo TeatrUBI e ASTA. Outras particularidades do Ciclo deste ano são os quatro espetáculos que já foram adaptados ao cinema: “O Feiticeiro de Oz”, “Sweeny Todd”, “Ricardo III” e “Cães Danados”, que poderão ser uma mais-valia para atrair público”, considera Rui Pires, do TeatrUBI. “Cães Danados”, uma adaptação do filme de Quentin Tarantino, pelo Cénico de Direito, vai trazer à Covilhã Luís Filipe Borges, conhecido apresentador de televisão, que fez parte do grupo de Teatro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e regressa agora aos palcos no âmbito do aniversário do grupo. “Para assinalar a data, algumas pessoas que por lá andaram há muitos anos juntaram-se para fazer novamente este espetáculo que marcou o Cénico de Direito. E então vamos ter a particularidade neste festival de termos cá uma figura bastante conhecida de todos nós”, acrescenta Rui Pires. A abrir o programa, amanhã e com sessões até sábado, estreia “A Casa do Vestido Castanho”, produção do TeatrUBI com a ASTA. Tem a interpretação de três atores e texto que resulta da adaptação de escritos de Fernando Pessoa e uma das atrizes, Marisa Inglês. Uma particularidade é contar no elenco com um aluno de uma escola secundária da Covilhã. “É um espetáculo que segue a linha dos anteriores, mais visual que textual. Esta situação deve-se a dois factores. Atuamos mais em Espanha e noutros países que em Portugal e é uma forma de chegar facilmente às pessoas, porque vendo, cada um interpreta à sua maneira. Estamos a falar de teatro contemporâneo e, um pouco como a arte contemporânea, cada um faz a sua própria interpretação ou leitura do que está a ver”, explica Rui Pires, lembrando que as peças dos anos anteriores têm sido premiadas, apostando neste modelo. O Ciclo vai ainda incluir a Conferência sobre o mito, que surge no âmbito de um projeto europeu em que está incluída da ASTA, juntamente com entidades como a Universidade Carlos III, de Madrid. “Projeto teve como nome ‘Crossing Stages’, e o que vamos desenvolver cá é sobre a prática do mito clássico. Iremos apresentar alguns espetáculos inseridos no Ciclo de teatro e vamos organizar a conferencia, no dia 20, de manhã, no Anfiteatro da Parada, onde vão estar como oradores responsáveis das várias universidades que são parceiras do projeto e também da UBI, através do Departamento de Letras”, explica Sérgio Novo, da ASTA.
ORÇAMENTO DE 30 MIL EUROS O festival tem um orçamento de 30 mil euros e apoios locais. Rui Pires destaca a apoio da Câmara da Covilhã, “o primeiro em muitos anos, que apesar de ser reduzido”, pode ser um sinal positivo. Há também uma ajuda da UBI e de entidades locais. As maiores críticas vão para a Direção Regional de Cultura do Centro “que é um organismo que deveria tutelar a cultura na região e preservá-la, mas não apoia nada”, segundo Rui Pires que, ao invés, elogia a Fundação Calouste Gulbenkian: “Sem ela não haveria teatro universitário em Portugal”. |
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